Camarão de Wagner Moura em festa do MTST desperta ódio em Eduardo Bolsonaro

Dudão ficou indignado com o vatapá do diretor e passou a promover ataques nas redes

Wagner Moura em festa no MTST. Foto: Reprodução
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O sinal de ódio, como sempre, foi dado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A partir dele, hordas de bolsonaristas passaram a atacar nas redes, neste sábado (13), o ator e diretor Wagner Moura, autor do recém-lançado “Marighella”, que já é, apenas uma semana após seu lançamento, o filme nacional mais visto do ano.

Moura participou, na última quinta-feira (11), da projeção do filme em uma ocupação do MTST na Zona Leste de São Paulo. Na ocasião foi servido vatapá em uma quentinha e o ator, como bom baiano que é, não resistiu. A foto do diretor circulou a partir de um post do próprio Guilherme Boulos (PSOL-SP), anfitrião da festa.

https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1459248634596319233

Origem africana

Dudão, no entanto, não gostou do que viu. Ficou indignado que havia camarões no prato de Moura. A iguaria, ora bolas, é uma exclusividade dele, seus amigos e apaniguados. Em seu surto de ódio, o sheik da cafonice mal teve tempo para se dar conta que o prato tem origem africana, foi trazido para cá pelo povo Iorubá escravizado e conquistou o Brasil e o mundo.

Esqueceu também que tudo o que é servido em ocupações e eventos do MTST é financiado por doações e recursos próprios e não com dinheiro público, ao contrário das faustas viagens presidenciais.

O filho do presidente acusado pela CPI da Covid por crimes contra a humanidade, de ser responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas, não conteve seu estupor e postou em seu habitual português canhestro: “Retrato do comunismo, socialismo, progressismo ou seja lá como queira se chamar essa fantasia que apenas promoveu o genocídio por onde passou. Enquanto a elite come camarão, a massa fica no esgoto. Não é a toa que em 13 anos de PT o MTST apenas cresceu (SIC)”.

Foi a senha para, mais uma vez, o Gabinete do Ódio entrar em ação e encher as redes de ataques a Moura, seu filme Marighela e ao MTST. Os ataques, no entanto, só fazem promover o filme, cuja bilheteria não para de crescer em todo o país.

Filme nacional mais assistido

De acordo com o Filme B, considerado o maior portal especializado no mercado de cinema do Brasil, “Marighella”, de Wagner Moura, que estreou há uma semana, já é o filme brasileiro mais assistido de 2021. O longa, que conta a história do guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969), que lutou contra a ditadura militar no Brasil na década de 70, teve 36,7 mil espectadores em seus quatro primeiros dias de exibição.