Eduardo Bolsonaro zomba de garoto que tem fobia de agulha

Após culpar as mulheres pelo desabamento ocorrido numa obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo, o filho de Bolsonaro agora debocha de rapaz que tem aicmofobia

Marcelo Queiroga vacina Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)
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Após culpar as mulheres pelo desabamento ocorrido na última terça (1°) numa obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolonaro (PSL-SP) resolveu debochar de um garoto com fobia de agulha (aicmofobia) que foi se vacinar.

O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) postou em sua conta do Twitter, nesta segunda-feira (7), um vídeo de um rapaz com a camiseta escrito “Ele Não” apavorado ao tomar a vacina contra o coronavírus.

Na legenda, o deputado comentou: “as vezes me perguntam o que eu penso quando me atacam no Twitter…”, seguido de um emoji com gargalhadas.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1490650838985068544

‘Culpa das mulheres’

Eduardo Bolsonaro fez um tuíte na semana passada, que teve grande repercussão negativa, culpando as mulheres pelo desabamento ocorrido na última terça (1°) numa obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo.

“Procuro sempre contratar mulheres”, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, escreveu o filho 03 de Bolsonaro, sempre tergiversando e tentando disfarçar o discurso de ódio típico do clã político.

Aicmofobia

O pavor por agulhas é conhecido no meio médico como aicmofobia. Os objetos fóbicos capazes de causar gatilhos de pânico são as agulhas e demais ferramentas pontiagudas. O problema tem sido bastante discutido ultimamente por conta da vacinação do coronavírus.

Os casos de pessoas que passam mal no momento de receber a dose do imunizante tem sido recorrente. Alguns desses momentos, inclusive, viralizaram nas redes sociais, com vídeos de pacientes que desmaiaram ou vomitaram em razão do medo. Mas, o que os especialistas alertam é: não é frescura.

“Muitos medos podem parecer banais e sem valor. Mas, para algumas pessoas, os medos ganham status de sofrimento e se caracterizam como fobias, impactando vários aspectos na vida da pessoa. É preciso valorizar e reconhecer quando algo está acima do próprio controle e que causa impactos negativos para aquela pessoa”, afirma para o Estado de Minas Katiúscia Caminhas Nunes, psicóloga do Hospital Felício Rocho.