Após morte de Paulo Gustavo, ódio a Bolsonaro aumenta em postagens no Twitter, diz agência

O auge da raiva nacional, que relacionou a ineficiência do governo federal à morte do ator por Covid, foi no dia 5 de maio: quase 75% das postagens sobre o presidente apresentaram críticas

Foto: TV Globo/DivulgaçãoCréditos: Divulgação/TV Globo
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Depois da morte de Paulo Gustavo, mais uma vítima da Covid-19, no dia 4 de maio, o ódio a Jair Bolsonaro aumentou nas manifestações pelo Twitter. O presidente, desde o início da pandemia, minimizou seus efeitos, não comprou vacinas quando podia e ainda propagandeia o uso de medicamentos reprovados pela imensa maioria da comunidade científica.

Segundo levantamento da agência de consultoria em redes sociais Quaest, antes do dia 4, as pessoas que postavam contra Bolsonaro atingiam a faixa de 51,7%; depois da morte do ator, a média disparou para quase 70%.

“Chama a atenção que um fenômeno pop como Paulo Gustavo tenha causado uma influência no sentimento político da sociedade, um efeito significativo. Isso é típico dessa era, em que mais do que conteúdo as pessoas estão atrás de entretenimento”, aponta Felipe Nunes, diretor da Quaest e autor do estudo, em entrevista a João Perassolo, na Folha de S.Paulo.

Quase 75% de críticas

O auge da raiva nacional, que relacionou a ineficiência do governo federal à morte precoce do ator, foi no dia 5 de maio: quase 75% das postagens sobre o presidente apresentaram críticas em 1,3 milhão de perfis que mencionaram o ator.

O total de citações ao humorista, naquele dia no Twitter, foi de aproximadamente 8,6 milhões.