Atuação de robôs nas redes despenca após ação da PF contra milícia digital bolsonarista

Estudo mostra ainda que 17 perfis de investigados pelo inquérito da fake news são responsáveis por 12% das interações da direita. Entre eles estão as redes do véio da Havan e de deputadas como Carla Zambelli e Bia Kicis

Ex-deputado Roberto Jefferson; Luciano Hang, dono da Havan; deputado Douglas Garcia; blogueiro Allan dos Santos; ativista Sara Winter; e humorista Rey Biannchi (Foto: Reprodução/ Rádio Guaíba)
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A atuação dos chamados "perfis de interferência", nome técnico dado aos robôs que atuam em propagação de assuntos nas redes sociais, despencou após a ação da Polícia Federal (PF), na última quarta-feira (27), que apreendeu computadores e celulares em 29 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à milícia digital que atua na disseminação de fake news pró-Jair Bolsonaro.

De acordo com levantamento da consultoria AP Exata, as publicações dos chamados perfis de interferência caíram de uma média de 14% para 10% no Twitter. Elas já chegaram a ter pico de 17%. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na edição desta sexta-feira (29) da Folha de S.Paulo.

Um levantamento feito pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP), da FGV, a pedido da coluna Painel, também da Folha, mostra que 12% das interações da direita no Twitter estão ligadas a 17 alvos de investigação da PF.

A lista inclui os empresários Luciano Hang (Havan) e Edgar Corona (Smart Fit), o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), e parlamentares como Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), além de perfis controlados por membros do grupo criminoso.