O ex-prefeito e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), usou da ironia para rebater a declaração de Jair Bolsonaro atacando a contratação de professores.
Em conversa com apoiadores na sexta-feira (18), o presidente disse "o Estado foi muito inchado" e que o "excesso" de professores "atrapalha".
Haddad, então, foi às redes sociais para fazer uma "autocrítica" de sua gestão no MEC.
"Autocrítica: assumo que fui o responsável pela maior contratação de professores para a rede federal de educação superior e profissional da história do Brasil que hoje, segundo Bolsonaro, atrapalham o país. Aviso: faremos mais a partir de 2023!", escreveu o prefeito.
A postagem, feita na noite de sexta-feira, viralizou no Twitter. Confira.
De acordo com relatório da Education at a Glance 2021, feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado na manhã desta quinta-feira (16), o Brasil é um dos poucos países do mundo que não aumentaram recursos para a Educação durante a pandemia do coronavírus, com o objetivo de reduzir prejuízos com aprendizagem e enfrentar os desafios do período.
Entre 65% e 78% das nações do planeta elevaram o orçamento para ao menos alguma das etapas da educação básica. O Brasil não destinou, no período, nem um centavo a mais de recursos para nenhum segmento do ensino.