Bia Kicis compartilha “fake news” sobre aprovação de “tratamento precoce” na Itália

A nota veiculado pelo site Brasil sem Medo já havia sido desmentida pela Agência Lupa antes mesmo da deputada compartilhar sem conferir

Foto: Reprodução
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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) postou em suas redes na manhã desta sexta-feira (16) notícia falsa a respeito de uma lei aprovada pelo Senado italiano onde, após meses de discussão, estaria liberado o “uso de medicamentos no tratamento precoce contra a Covid”.

Sem o menor cuidado com o conteúdo do que estava compartilhando, a deputada sequer conferiu do que se tratava. O post, que já conta com cerca de 3,6 mil compartilhamentos, é falso, de acordo com verificação da Agência Lupa publicada na noite desta quinta-feira, portanto, antes da postagem de Bia Kicis.

A agência afirma que “a informação analisada pela Lupa é falsa. O senado italiano aprovou uma moção que versa sobre um protocolo único para cuidados domiciliares de pacientes com Covid-19, e não sobre o uso de medicamentos para “tratamento precoce” da doença. Em 8 de abril, 212 parlamentares votaram a favor de que o governo crie uma agenda nacional única que reúna o Instituto Superior de Saúde (equivalente ao Ministério da Saúde), a Agência Nacional de Serviços Regionais de Saúde (Agenas) e a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa)”.

O texto diz ainda que “a proposta é que esses órgãos definam juntos os protocolos e as diretrizes para o atendimento domiciliar de pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2, sempre levando em consideração as experiências dos profissionais que atuam na área. Isso não significa que os pacientes aptos a serem tratados em casa receberão hidroxicloroquina, como afirma o texto do site Brasil Sem Medo (compartilhado pela deputada), compartilhado na publicação. Na verdade, o uso desse medicamento não é, e continua não sendo, autorizado para uso contra a Covid-19 na Itália. Na última atualização sobre as opções terapêuticas contra a infecção, a Aifa não recomendou o uso da hidroxicloroquina e também alertou que o fármaco pode causar reações adversas”.

Veja a nota completa da Agência Lupa aqui