Dilma declara apoio à greve dos entregadores de aplicativos: "Nova forma de servidão"

Ex-presidenta publicou texto denunciando as más condições de trabalho dos entregadores e manifestando apoio ao movimento #BrequeDosApps

Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
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A ex-presidenta Dilma Rousseff demonstrou seu apoio à greve dos entregadores de aplicativo por meio do Twitter, nesta quarta-feira (1º). Além de reforçar a importância do movimento, ela criticou as empresas de delivery e as condições de trabalho às quais os trabalhadores estão submetidos.

Dilma chamou o regime de trabalho dos entregadores de "nova forma de servidão" e comentou que a paralisação abrange pelo menos 14 capitais e grandes cidades. "Não são trabalhadores formais, porque não têm nenhum direito trabalhista, e não são empreendedores, porque nada possuem além de suas motos e bicicletas, que muitas vezes são alugadas", comentou.

A ex-presidenta ainda ressaltou que os entregadores trabalham 12 horas por dia para receber menos de R$ 1.000 reais por mês, e não têm garantia de nenhum direito essencial.

"As companhias que controlam o setor aumentaram seus lucros em 85%, enquanto os entregadores perderam renda, pela concorrência excessiva, e hoje se arriscam o tempo todo à contaminação pelo coronavírus", escreveu.

Dilma ainda considerou a exploração análoga à escravidão e disse que a "barbárie em nosso país está solta e sem nenhum controle".

https://twitter.com/dilmabr/status/1278397151723347975?s=20

Os entregadores se mobilizaram nesta quarta-feira (1º) em uma paralisação nacional para pedir por melhores condições de trabalho, pedindo apoio da população na divulgação do movimento e boicote aos aplicativos.

Confira a movimentação:

https://twitter.com/J_LIVRES/status/1278381292267220993?s=20
https://twitter.com/inst_marielle/status/1278376881029554176?s=20
https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1278345255868301312?s=20
https://twitter.com/brasildefato/status/1278413899088498705?s=20