A colunista Mariliz Pereira Jorge, autora do artigo publicado na Folha de S. Paulo em que elenca uma série de adjetivos negativos ao presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de críticas nas redes sociais nesta sexta-feira (19) após reagir a uma crítica do professor universitário Deivide Júlio Ribeiro, doutorando em Direito pela UFMG.
Em seu perfil no Twitter, Deivide criticou o artigo da jornalista, classificando-o como "Péssimo texto. Uma bosta mal cagada...". O comentário foi feito em resposta a outras críticas à coluna.
"Essa coluna da Mariliz é tão MADAME DO LEBLON que dói o olho", tuitou o escritor Vitor Santi. "É fácil demais ser colunista da folha. basta ser branca e se comprometer a continuar burra", disse ainda Aline Passos, colunista da Revista Cult.
Mariliz, então, decidiu ironizar o nome do professor universitário, colocando-o entre aspas. "Faz melhor, 'deivide'", tuitou.
A resposta da colunista da Folha gerou muitas críticas nas redes sociais. Usuários enxergaram elitismo e racismo na reação.
"O problema do nome DEIVIDE é pq é nome de pobre, de preto, a mulher nem se esforçou pra esconder seu elitismo. Lélia Gonzalez que nos ajude sabe", escreveu a pedagoga e influenciadora digital Tati Nefertari, no Twitter. "O ruim da máscara de aliado é que só aparece em festa. Qualquer aperto cai aí sobra só o péssimo e velho elitismo", disse ainda o comunicador Mateus Santana.
"Mulher branca e racista é pré-requisito para trabalhar na grande mídia? Pois de ontem para hoje, foram duas das mais 'badaladas' e 'moderadas' analistas com comentários desse naipe aí. Digo e repito: o Brasil não só premia a mediocridade, premia também o que há de pior em nós", criticou o professor universitário Marcos Queiroz.
Deivide chegou até a se desculpar pelo tom adotado, mas a colunista manteve o comentário mesmo quando confrontada que a atitude poderia ser considerada elitista e racista.
