Pedro Cardoso se posiciona sobre fala de Lula: "Ninguém está livre de tropeços verbais"

Ator comentou sobre colocação em que o ex-presidente ressaltou o valor do serviço público na pandemia

Foto: Reprodução/ YouTube
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O ator Pedro Cardoso se manifestou nas redes sociais sobre a retratação do ex-presidente Lula em relação ao seu comentário sobre a pandemia evidenciar o valor do serviço público de saúde. "Ninguém está livre de tropeços verbais. Reconhecê-los e corrigi-los é evidência de honestidade ou de esperteza", disse. No Instagram, Lula publicou um pedido de desculpas e reconheceu o erro em relação à sua colocação, ressaltando que reconhece o sofrimento causado pela pandemia. Em seu comentário sobre o ocorrido, Cardoso elogiou a postura do ex-presidente ao reconhecer o erro, mas também citou que acha necessário evidenciar a humanidade do presidente. "Cabe a Lula oferecer a sua humanidade em lugar do seu endeusamento", escreveu. Pedro Cardoso ganhou notoriedade no meio artístico por interpretar o personagem Agostinho Carrara no programa A Grande Família, da Rede Globo. O ator costuma se posicionar politicamente com frequência nas redes sociais. Confira o comentário na íntegra: "Bom dia, de novo. Venho compartilhar inquietação sobre retórica, erros e retratações. Luís se retratou do acidente retórico ocorrido em sua observação sobre a pandemia ter evidenciado o valor dos serviços públicos. É sempre um ato de grandeza. Ninguém está livre de tropeços verbais. Reconhecê-los e corrigi-los é evidência de honestidade ou de esperteza. No caso de Lula, creio ser as duas coisas simultaneamente. Lula nunca foi um nazifascista assassino sádico. Terá outros defeitos menores, não estes. Mas minha inquietação quanto a ele persiste. Nossos erros não são fortuitos. São resultado de tendências da nossa personalidade, algumas já organizadas em vícios psicológicos. Quando nos desculpamos sem nos indagarmos o que nos levou ao erro é certo das razões de errar não termos nos livrado. O erro, desculpado por ter sido acidental, haverá de se repetir indefinidamente. Lula é um retórico como quase todos os políticos o são. Fez-se fazendo discursos. Crê ter se tornado indestrutível pois se despersonalizou numa ideia, como ele disse. Lula é um homem que tem os piores inimigos; tem sido perseguido; mas não o posso aceitar maior que a humanidade dele. Ninguém é. Que Lula deixe de ser uma ideia e reencarne em sua pessoa é importante para o momento. O PT retém uns 25% do eleitorado que o segue cegamente e uns outros, não sei quantos, conscientemente. É difícil uma vitória eleitoral sem a participação dele. Melhor seria que todos os seus apoiadores o fossem por reflexão e não por devoção. Mas cabe a Lula oferecer a sua humanidade em lugar do seu endeusamento. Só o fará, quando e se, indagar-se sobre a natureza íntima dos seus erros. Creio nisso e tento me questionar quanto aos meus. Lula, como Brizola - e tantos! - creem que discursos convictos provocam mudanças. Eu não. Creio que a dúvida é que as faz acontecer. A retórica vazia embriaga a vaidade apenas. A beleza de Lula antes do poder era a dúvida que havia na retórica dele. Quem sou eu para jugá-lo? Mas quem é ele além de alguém como qualquer um de nós? Só para constar: votei no PT quase sempre. https://www.instagram.com/p/CAcxNXJgfh_/?utm_source=ig_web_copy_link