Renan Calheiros: “talvez Bolsonaro não seja a favor do ‘Golpe’, só de “golpezinhos”

Relator da CPI se referia às acusações de propinas na compra de vacinas que a CPI vem comprovando

Renan Calheiros (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
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O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) acordou afiado neste sábado (10). Ao comentar sobre as ameaças de golpe militar, o senador afirmou em sua conta do Twitter que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) talvez não seja a favor do “Golpe”, com “g” maiúsculo.

Para Renan, “talvez seja só a confissão do que a CPI vem comprovando. É a favor de ‘golpes’, ‘golpezinhos’, com g minúsculo, como o das vacinas. É uma questão semântica”.

Bolsonaro talvez não seja a favor do “Golpe”, com g maiúsculo. Talvez seja só a confissão do que a CPI vem comprovando. É a favor de “golpes”, golpezinhos”, com g minúsculo, como o das vacinas. É uma questão semântica.

https://twitter.com/renancalheiros/status/1413857479759388672

Ameaça de golpe

Em rara entrevista, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou a Tânia Monteiro, do jornal O Globo, que a nota conjunta das Forças Armadas e do Ministério da Defesa com ataques ao presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM), é um “alerta às instituições” e frisou que “homem armado não ameaça” ao ser indagado sobre a possibilidade de um novo golpe no país.

“Não… Homem armado não ameaça. Não existe isso. Nós não vamos ficar aqui ameaçando. O presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) foi bastante feliz na sua colocação. As autoridades precisam entender o que está por trás da autoridade. Nós precisamos entender que o ataque pessoal do senador (Omar Aziz) à instituição militar não é cabível a alguém que deseje ser tratado como Vossa Excelência. Porque nós somos autoridades. O comportamento de cada um de nós, das autoridades, exige ponderação e entendimento do todo. E essa disputa política do país é normal, mas sinto ser em tão baixo nível, em nível muito raso. Sinto que esta disputa deve ter como limite os riscos que ela pode trazer à institucionalidade do país. Essa disputa política não pode ultrapassar os limites da aceitabilidade, que começa pelo respeito às instituições, entre os Poderes. E aí estou falando em tese. Não estou dando recado para ninguém”, disse ao ser colocado diante da tese de ameaça de golpe por oposicionistas do governo Jair Bolsonaro.