SAÚDE E TECNOLOGIA

Startup desenvolve mini robô para tratamento do câncer; entenda

Em fase de teste, o dispositivo é introduzido no corpo do paciente para aplicação de medicamento na área afetada, além de microcirurgia; tecnologia também beneficia o tratamento de Parkinson

micro robô para o tratamento de câncer no cérebroCréditos: Reprodução / Divulgação redes sociais
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A startup americana Bionaut Labs desenvolveu mini robô para tratar doenças no sistema nervoso, como o câncer e  o Parkinson. Ainda na fase de testes em  animais, se aprovado, o dispositivo cilíndrico - que será introduzido no corpo do paciente para transportar o medicamento até a área afetada -  pode oferecer avanços importantes em relação aos tratamentos como o Parkinson e o câncer no cérebro. Ele também podem ser usado para realizar microcirurgia.

O principal benefício é facilitar a intervenção nos locais de difícil acesso no corpo. O dispositivo carregaria a dose certa de medicamento, reduzindo os efeitos colaterais que nas formas mais tradicionais pode ter. 

Esse micro robô é controlado  remotamente por um controlador magnético compacto, permitindo que corte tecidos e introduza medicamento no local desejado.

Para isso, a  empresa usa a energia magnética para impulsionar o dispositivo. Bobinas magnéticas localizadas fora do crânio do paciente são conectadas a um computador para manobrar remotamente o pequeno robô até a parte afetada do cérebro. 

“A ideia de um micro robô surgiu muito antes de eu nascer”, disse o cofundador e CEO Michael Shpigelmacher, em entrevista ao portal Infobae. "Um dos exemplos mais famosos é um livro e filme de Isaac Asimov chamado 'Fantastic Voyage', onde um grupo de cientistas entra no cérebro em uma nave espacial miniaturizada para tratar um coágulo de sangue.

"Em uma simulação do procedimento em cérebro humano, o equipamento percorre um caminho pré-programado e se aproxima de uma bolsa que foi perfurada pela ponta do dispositivo para que o líquido escoasse.

Para a startup, dessa forma, o robô também poderia ser usado para perfurar cistos no cérebro, quando os ensaios clínicos começarem em dois anos.

Se for bem-sucedida, a técnica poderá ser usada para tratar a síndrome de Dandy-Walker, uma malformação cerebral rara que afeta crianças. A doença consiste na formação de cistos que incham e aumentam a pressão no cérebro.

A empresa informou que a agência FDA Food and Drug Administration dos EUA aprovou a testagem para tratar a síndrome de Dandy-Walker, bem como os  tumores malignos. Neste último caso, os minúsculo robô será usado para injetar medicamentos nas áreas tumorais.