SAÚDE

Alzheimer: Novo teste faz diagnóstico precoce da doença, a partir de 55 anos

Aprovado pela agência FDA, novo teste pode eliminar a necessidade de usar tratamentos caros, como as tomografias cerebrais para o diagnóstico da doença

Idosa com Doença de AlzheimerCréditos: Pixabay
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A agência Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou o primeiro diagnóstico in vitro para auxiliar na detecção precoce da doença de Alzheimer. O teste diagnóstico Lumipulse é capaz de detectar placas amilóides associadas à doença de Alzheimer em adultos com mais de 55 anos.

Em sua declaração, a FDA destacou a necessidade de um diagnóstico rápido, confiável e seguro "que possa identificar com precisão pacientes com placas amilóides consistentes com a doença de Alzheimer”. A agência afirmou ainda,  que o novo teste pode eliminar a necessidade de usar tratamentos caros, como as tomografias cerebrais, para o diagnóstico de Alzheimer.

O teste Lumipulse mede a proporção das concentrações de ß-amilóide 1-42 e ß-amilóide 1-40 no líquido cefalorraquidiano (LCR) humano. Um resultado positivo para a doença significa a presença de placas amilóides, semelhantes às reveladas em um PET scan. Um resultado negativo é consistente com um resultado negativo da PET amiloide.

Porém, a FDA recomenda que a testagem deve ser usada em conjunto com outras avaliações clínicas para determinar as opções de tratamento. A FDA informou que avaliou a segurança e eficácia do teste em um estudo clínico de 292 amostras de LCR do banco de amostras da Iniciativa de Neuroimagem da Doença de Alzheimer. 

No estudo clínico, 97% das pessoas com resultados positivos de Lumipulse G ß-amilóide Ratio (1-42/1-40) tiveram a presença de placas amilóides na PET e 84% das pessoas com resultados negativos tiveram uma PET amiloide negativa.

O psiquiatra Craig Ritchie, professor de psiquiatria do envelhecimento da Universidade de Edimburgo destacou "que mesmo que não evitemos que uma pessoa tenha demência, podemos retardar o  início por muitos anos e ela pode ter um declínio menos agressivo e com melhor saúde cerebral", disse. 

O que é o Alzheimer?

Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Como consequência ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. Dentre os sintomas mais frequentes, estão, falta de memória para acontecimentos recentes, repetição da mesma pergunta várias vezes, irritabilidade, dificuldade para encontrar caminhos conhecidos. 

A doença não tem cura, porém, com o diagnóstico precoce aliado ao tratamento é possível retardar a evolução e preservar as funções intelectuais por mais tempo. 

 

Com informações Infobae