O primeiro caso de varíola dos macacos foi identificado no Brasil nesta quarta-feira (8), no Hospital Emílio Ribas, na cidade de São Paulo. O paciente em questão é um homem de 41 anos que viajou à Espanha.
A confirmação surgiu em meio à alta proliferação da doença no mundo, em especial no continente europeu. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já foram confirmados mais de mil casos em 29 países não endêmicos - fora do continente africano.
Além do paciente que veio da Espanha, o estado de São Paulo monitora uma mulher de 26 anos que não tem histórico de viagem recente.
Segundo o Ministério da Saúde, há sete casos suspeitos em todo o país, em Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
A varíola dos macacos é considerada uma doença rara. De origem tropical, ela é provocada por um vírus do tipo orthopoxvirus, patógeno próximo ao da varíola humana, uma doença erradicada oficialmente desde 1980 e que assombrou os cinco continentes da Terra por séculos.
Trata-se de uma doença zoonótica viral, ou seja, pode ser transmitida de animais para humanos e, também, pode se espalhar de pessoa para pessoa.
Diante disso, como se proteger? Veja algumas dicas:
-Use máscara médica, caso esteja perto de alguém infectado ou suspeito, especialmente se tossir ou tiver ferimentos na boca.
-Evite o contato pele a pele.
-Use luvas descartáveis.
-Proteja-se caso tenha que tocar nas roupas de uma pessoa doente.
-Lave as mãos frequentemente com água e sabão.
-Use desinfetante para as mãos à base de álcool.
-Lave roupas, toalhas, lençóis e talheres da pessoa infectada com água morna e detergente.
-Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (como curativos) adequadamente.
É importante destacar que, conforme a OMS, em 1980, a varíola foi erradicada e, portanto, a vacinação foi interrompida. Por isso, os jovens têm mais propensão a contrair a doença. Contudo, mesmo as pessoas que foram vacinadas contra a varíola devem tomar precauções.
Sintomas:
- Febre.
- Dor de cabeça intensa.
- Dores musculares.
- Dor nas costas.
- Linfonodos inchados.
- Arrepios.
- Exaustão.
Dentro de um a três dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo. As lesões progridem a partir dos seguintes estágios:
- Máculas (mancha na pele acompanhada de lesão).
- Pápulas (lesões na pele que podem ser roxas ou marrons).
- Vesículas.
- Pústulas (bolas com pus que aparecem na pele).
- Crostas.