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Marburg: Vírus provoca febre, dor de cabeça e hemorragia grave em sete dias

Gana, na África Ocidental, enfrenta o primeiro surto da doença, causada por um vírus altamente infeccioso

Imagem do vírus Marburg.Créditos: NIAID/Wikimedia Commons
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Gana, na África Ocidental, está enfrentando o primeiro surto de Marburg, uma febre hemorrágica, causada por um vírus altamente infeccioso da mesma família do Ebola. Os casos foram confirmados por um laboratório do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A transmissão do vírus para humanos é feita por morcegos e se espalha por contato direto com sangue, por meio de lesões na pele ou por membranas das mucosas, secreções ou outros fluidos corporais de pessoas infectadas.

A doença apresenta febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar. O período de incubação varia de 2 a 21 dias e os pacientes desenvolvem sinais hemorrágicos graves dentro de sete dias.

A IMS informou que as taxas de letalidade variaram de 24% a 88%, dependendo da cepa do vírus e da capacidade para o gerenciamento de casos.

Não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados contra a doença. Os médicos recomendam os cuidados de suporte, como reidratação com fluidos orais ou intravenosos. Além disso, o tratamento de sintomas específicos pode reduzir os riscos de morte.

Após o período de incubação, o início dos sintomas é marcado por febre, calafrios, dor de cabeça e no corpo. Por volta do quinto dia após o início dos sintomas, pode ocorrer erupção na pele, principalmente no peito, costas região do estômago.

O agravamento da doença leva a sintomas como icterícia, inflamação do pâncreas, perda de peso significativa, delírios, choque, insuficiência hepática, hemorragia e disfunção de múltiplos órgãos.

Doença foi reconhecida após surtos simultâneos em 1967

O reconhecimento da doença ocorreu depois de dois grandes surtos simultâneos, em Marburg e Frankfurt, na Alemanha, e em Belgrado, na Sérvia, em 1967.

Em seguida, surtos e casos esporádicos foram relatados em Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul, Uganda e Gana. Em 2008, dois casos independentes foram registrados em viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos em Uganda.

Com informações da CNN-Brasil