ESTÉTICA

Anvisa divulga novas medidas para proibir uso de cosméticos injetáveis

Produtos têm maior potencial de complicações e não devem ser aplicados sem supervisão

Fachada da AnvisaCréditos: Waldemir Barreto/Agência Senado
Escrito en SAÚDE el

Nesta terça-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou novas medidas para proibir produtos cosméticos injetáveis, aqueles aplicados por meio de injeções ou microagulhamento, por exemplo, penetrando diretamente na pele ou em camadas profundas do corpo.

As resoluções suspenderam o comércio, distribuição, fabricação, propaganda e uso de produtos das empresas PHD Cosméticos Ltda. e Biometik Indústria e Comércio de Cosméticos, por venderem os produtos injetáveis.

A Agência explica que recebeu denúncias e realizou inspeções conjuntas com os órgãos de vigilância sanitária locais para verificar as irregularidades.

Uso de cosméticos injetáveis

O uso de cosméticos injetáveis é proibido pela Anvisa. Esses produtos, utilizados para fins estéticos, não devem ser regularizados como cosméticos, mas sim como medicamentos ou produtos para a saúde, quando, então, podem ser permitidos.

“Produtos cosméticos possuem na sua rotulagem o número do processo de regularização e o número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) da titular responsável pela regularização do produto junto à Anvisa”, explica a Agência.

A Anvisa alerta ainda que produtos que estejam regularizados como cosméticos e com a descrição de “Uso Externo” na rotulagem, não podem ser injetados em nenhuma parte do corpo, pois “não têm qualidade e segurança necessárias para serem usados de forma injetável”.

Produtos injetáveis devem ser usados com a supervisão de profissionais qualificados e de acordo com a regulamentação sanitária vigente, pois têm potencial de complicações aumentado, segundo a Anvisa.

“É imprescindível que os profissionais de clínicas de estética estejam cientes das características distintas desses produtos e implementem medidas rigorosas para garantir a segurança dos seus clientes”, alerta.

Em agosto deste ano, a Agência já havia proibido lotes de outras empresas de cosméticos, por venderem produtos injetáveis sem a regulamentação necessária.

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