SAÚDE

Padilha anuncia retorno do Mais Médicos: “Vai reduzir as filas de cirurgias e de exames do SUS”

Ministro revela data de anúncio oficial e relembra feitos do programa encerrado por Bolsonaro: “Foi a primeira vez que todos os Distritos de Saúde Indígena e municípios brasileiros tiveram médicos perto de onde as pessoas vivem”

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.Padilha anuncia retorno do Mais Médicos: “Vai reduzir as filas de cirurgias e de exames do SUS”Créditos: Fernando Frazão / Agência Brasil
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, publicou um vídeo em sua conta de Instagram neste domingo (19) em que comemora o retorno do programa Mais Médicos e adianta que seu anúncio oficial será realizado na próxima segunda-feira (20), no Palácio do Planalto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Eu tenho muito orgulho de há dez anos ter implantado o Mais Médicos pelo Brasil. Foi a primeira vez que todos os Distritos de Saúde Indígena e todos os municípios brasileiros tiveram médicos perto da onde as pessoas vivem. Tivemos a redução da mortalidade infantil e a redução de internações com aquela versão do Mais Médicos há dez anos”, relembrou o ministro.

Lançado em 8 de julho de 2013, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT) à frente do Planalto, o programa  trazia médicos estrangeiros ao Brasil com o objetivo de suprir a carência de profissionais nas periferias e áreas remotas do país. Em 2017, no seu auge, o programa chegou a gerenciar a vinda de mais de 18 mil médicos, que atenderam aproximadamente 63 milhões de pessoas (24,6% da população à época) em mais de 4 mil municípios. Padilha estava na equipe que elaborou e lançou o programa.

No entanto, como cerca de 11 mil dos 18 mil médicos eram cubanos, setores da direita brasileira já sonhavam em encerrar o programa antes mesmo de Jair Bolsonaro (PL) ser eleito. Uma vez empossado, o ex-presidente esvaziou o Mais Médicos em primeiro de agosto de 2019 e mudou o nome do programa para Médicos pelo Brasil, que não trouxe semelhantes benefícios à população.

Hoje muita coisa mudou, então o Brasil precisa de um novo Mais Médicos, que com certeza vai ajudar não só a cuidar das pessoas e contribuir com o nosso grande movimento de vacinação, mas também a reduzir as filas de cirurgias e de exames do SUS. O presidente da República e o Ministério da Saúde que cuidam do Brasil voltaram e, com eles, o Mais Médicos vai voltar”, concluiu Padilha.