A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou neste domingo (14) uma nova diretriz sobre o uso dos adoçantes sem açúcar (NSS) que deve alterar o consumo do produto em todo o planeta.
De acordo com o documento, a OMS "não recomenda" o uso de adoçante sem açúcar para controlar o peso corporal ou reduzir o risco de doenças não transmissíveis.
Segundo a OMS, a nova diretriz é fruto de uma "revisão sistemática das evidências disponíveis que sugere que o uso de adoçante sem açúcar não traz nenhum benefício a longo prazo na redução da gordura corporal em adultos ou crianças".
Além disso, a diretriz também aponta que "os resultados da revisão também sugerem que pode haver potenciais efeitos indesejáveis do uso prolongado de adoçante sem açúcar, como um aumento do risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos".
Para o diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca, no lugar de usar adoçantes sem açúcar, "as pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar".
"Os adoçantes sem açúcar não são fatores alimentares essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde", completa Francesco Branca, da OMS.
A recomendação da OMS se aplica a todas as pessoas, exceto indivíduos com diabetes pré-existente e inclui todo os adoçantes não nutritivos sintéticos e naturais ou modificados que não são classificados como açúcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados ou vendidos por conta própria para serem adicionados a alimentos e bebidos pelos consumidores.
Os adoçantes sem açúcar comuns incluem acesulfame K, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, estévia e derivados de estévia.
A íntegra da nova diretriz da OMS sobre os adoçantes sem açúcar pode ser conferida aqui.