O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta segunda-feira (13) uma importante medida: o Sistema Único de Saúde (SUS) começará a oferecer o medicamento Trastuzumabe Entansina, utilizado no tratamento contra o câncer de mama HER2-positivo. Com valor superior a R$ 11 mil por frasco no mercado privado, o remédio será disponibilizado gratuitamente aos pacientes do SUS.
Padilha destacou o impacto da medida em suas redes sociais: “HISTÓRICO: Medicamento ultra-moderno contra o câncer de mama chega ao Brasil para ser distribuído no SUS! O Trastuzumabe Entansina, que custa mais de R$ 11 mil por frasco na rede privada, agora será ofertado gratuitamente. Ele é indicado para pacientes que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia”, afirmou.
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O primeiro lote do medicamento, que faz parte de um esforço de incorporação do SUS desde 2022, chegou ao Brasil nesta segunda-feira. O remédio será utilizado para pacientes com câncer de mama HER2-positivo em estágio 3, geralmente aqueles que não respondem totalmente à quimioterapia inicial. Com 11.978 unidades recebidas, o governo prevê mais três lotes: um em dezembro deste ano e outros em março e junho de 2025. O investimento total do governo federal na compra é de R$ 159,3 milhões para a aquisição de 34,4 mil frascos.
José Barreto Campello Carvalheira, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, celebrou a chegada do medicamento, afirmando que ele representava um avanço significativo para o tratamento do câncer no Brasil: “É um grande avanço para a oncologia nacional. Este medicamento vai reduzir em 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama HER2-positivo. É uma vitória para o povo brasileiro e um marco importante dentro do Outubro Rosa”, declarou à Agência Brasil.
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O diretor também explicou que o medicamento é indicado para pacientes que, após a quimioterapia, ainda apresentam restos tumorais. “Com a disponibilização do Trastuzumabe Entansina, podemos fazer um novo tratamento que garante redução de 50% na mortalidade e na recidiva local. É um grande avanço para a saúde pública”, concluiu Carvalheira. A previsão é que os primeiros pacientes recebam o medicamento entre o final de outubro e o início de novembro.