PSICOLOGIA

Efeito halo: como uma única qualidade pode definir como vemos alguém, segundo a psicologia

Fenômeno pode gerar julgamentos errôneos, como associar beleza à inteligência, ou simpatia à competência, sem comprovar as demais qualidades da pessoa.

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Escrito en SAÚDE el

O "efeito halo" é um fenômeno psicológico que faz com que supervalorizemos uma pessoa por uma única característica marcante, como um sorriso atraente ou uma postura confiante. Esse viés pode levar à ideia de que, se alguém se destaca em uma área, é igualmente bom em outras, sem realmente verificar suas habilidades.

A psicóloga Kia-Rai Prewitt, da Cleveland Clinic, explica que quando associamos uma qualidade positiva a alguém, é comum supor que essa pessoa seja boa em várias outras áreas.

Estudado desde a década de 1920, o efeito halo está presente no nosso dia a dia, seja no trabalho, nas relações pessoais ou na escola. Por exemplo, pessoas que consideramos atraentes muitas vezes são vistas como inteligentes e confiáveis. No trabalho, um colega com aparência impecável e confiança ao falar pode ser visto como muito competente, mesmo que seu desempenho real não corresponda a essa impressão. O efeito também é comum em relacionamentos, quando o carisma de alguém pode mascarar comportamentos negativos.

Esse viés também se reflete na educação. Professores podem acreditar que alunos que se destacam em uma matéria sejam bons em todas as outras, criando expectativas irrealistas.  Além disso, o efeito halo pode distorcer a percepção da saúde de uma pessoa, fazendo com que alguém em boa forma física seja automaticamente considerado saudável em todos os aspectos, o que nem sempre é o caso.

O lado negativo

O efeito halo tem uma versão negativa chamada "efeito chifre". Enquanto o halo faz com que atribuímos uma visão positiva a uma pessoa, o efeito chifre acontece quando uma característica negativa leva a uma avaliação ruim da pessoa como um todo. Isso pode ocorrer, por exemplo, no ambiente escolar ou de trabalho, onde uma falha isolada pode prejudicar a imagem de alguém de forma desproporcional.

Para evitar esses viéses, especialistas recomendam que sejamos mais conscientes ao julgar as pessoas, buscando sempre mais informações antes de formar uma opinião final.

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