Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard confirmou o que muitos já esperavam. Após analisar dados de 105 mil pessoas ao longo de 30 anos, os cientistas descobriram quais padrões alimentares estão diretamente ligados a uma vida longa, ativa e livre de doenças crônicas.
Os hábitos alimentares pode aumentar em até 86% as chances de envelhecer com saúde.
Publicado na revista Nature Medicine, o estudo mostra que dietas ricas em alimentos naturais e pouco processados estão fortemente associadas ao que os autores chamam de “envelhecimento saudável” — uma combinação de cognição preservada, mobilidade física, saúde mental estável e ausência de doenças como diabetes, câncer e problemas cardíacos.
Entre os oito padrões alimentares analisados, o que teve o melhor desempenho foi o Índice Alternativo de Alimentação Saudável (AHEI, na sigla em inglês).
Os participantes que mais seguiram esse padrão apresentaram uma chance 2,24 vezes maior de envelhecer com saúde até os 75 anos, comparados àqueles com os piores hábitos alimentares.
Segundo os autores, “a adesão a padrões dietéticos ricos em frutas, vegetais, grãos integrais, gorduras insaturadas, nozes, leguminosas e laticínios com baixo teor de gordura está associada a melhores chances de envelhecimento saudável”.
O estudo também identificou os vilões da longevidade: gorduras trans, sódio, carnes vermelhas e processadas, e bebidas açucaradas.
Alimentos ultraprocessados? Eles estão diretamente ligados a uma redução de 32% nas chances de envelhecer com saúde.
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E não pense que isso é só teoria. Os resultados foram consistentes mesmo quando considerados fatores como atividade física, tabagismo, índice de massa corporal e histórico familiar de doenças. “Mesmo entre fumantes, sedentários ou pessoas com sobrepeso, os que adotaram dietas saudáveis apresentaram melhores resultados”, afirmam os pesquisadores.
Mas o que exatamente o AHEI recomenda? Priorizar vegetais frescos, frutas (em especial as vermelhas, como morangos e mirtilos), grãos integrais, azeite de oliva, peixes e leguminosas. Ao mesmo tempo, reduzir drasticamente o consumo de fast food, doces industrializados, refrigerantes e embutidos.
"As descobertas reforçam a importância de diretrizes dietéticas baseadas em evidências para promover o envelhecimento saudável", concluíram os autores.
