Folha Santista

Morte de ex-delegado: o que se sabe sobre oitavo suspeito preso no litoral de SP

José Nildo da Silva, detido em Itanhaém, é mais um dos suspeitos de envolvimento na execução de Ruy Ferraz Fontes

Escrito en SP el
Jornalista e redator da Revista Fórum.
Morte de ex-delegado: o que se sabe sobre oitavo suspeito preso no litoral de SP
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo. Divulgação/Governo de SP

Mais um suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, no dia 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral paulista, foi preso pela força-tarefa que investiga o crime. O delegado Artur Dian informou que José Nildo da Silva, de 47 anos, foi encontrado e detido em Itanhaém.

O oitavo suspeito foi encaminhado para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital, para prestar depoimento.

“Nós julgamos que ele possa ser um dos atiradores. Ainda está sendo constatado isso. Ele era investigado e, após o crime, se dirigiu a uma das residências que serviu de logística para a quadrilha. Nesse momento, ele estava com colete a prova de balas e armado. E acompanhado de uma mulher, que ainda não foi localizada”, relatou o delegado responsável pelas investigações.

A prisão ocorreu depois de denúncia de fontes da Polícia Civil. O suspeito teria sido visto na noite do crime, em uma das quatro casas utilizadas pelos criminosos que assassinaram o ex-delegado.

Quem são os suspeitos de envolvimento

Presos: Willian Silva Marques; Dahesly Oliveira Pires; Luiz Henrique Santos Batista (Fofão); Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar); Felipe Avelino da Silva (Mascherano); Danilo Pereira Pena (Matemático); Cristiano Alves da Silva (Cris Brown); José Nildo da Silva.

Outras duas pessoas foram identificadas e estão foragidas: Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luis Antonio Rodrigues de Miranda. Já Umberto Alberto Gomes, morreu em confronto com equipes da Polícia Civil do Paraná.

O suspeito José Nildo da Silva - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Duas linhas de investigação

As autoridades trabalham com duas linhas principais de investigação. Uma seria vingança do PCC contra o ex-delegado. Ao longo de mais de 40 anos em que atuou na Polícia Civil, Ruy teve papel central no combate ao crime organizado, além de ter liderado várias investigações sobre a facção.

Ele se aposentou em 2023 e, antes do crime, exercia o cargo de secretário de Administração na prefeitura de Praia Grande. A outra hipótese investigada aponta para uma possível represália por irregularidades que o ex-delegado teria descoberto em um contrato de licitação no valor de R$ 24,8 milhões da administração municipal do município do litoral paulista.

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