VÍDEO: Robinho relata pela primeira vez como é a rotina na cadeia
Ex-jogador está detido desde março de 2024 na Penitenciária 2 de Tremembé (SP), após ser condenado a nove anos de prisão
Em um vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, órgão ligado à Vara de Execuções Criminais e responsável por monitorar unidades prisionais, Robinho relatou, pela primeira vez, como é sua rotina na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. O ex-jogador está preso desde março de 2024, condenado por estupro coletivo.
Robinho desmentiu que receba tratamento especial ou é alvo de privilégios em relação aos outros detentos. Veja trechos do depoimento:
“Aqui é uma idade prisional em que todos querem vir para cá, pois tem trabalho, não tem nenhum tipo de facção criminosa, não tem nenhum tipo de opressão. Pelo contrário. Aqui, o objetivo de reeducar, é ressocializar aqueles que cometeram crime. Nunca tive nenhum tipo de liderança, nem aqui e nem em nenhum lugar. Aqui quem manda são os guardas. Como eu falei para a senhora, e a gente, reeducandos, só obedece”.
“Com os guardas, nunca tive nenhum tipo de problema, nem com nenhum detento. Isso não pode ter na unidade. Não pode ter nenhum tipo de discussão e, muito menos, com guarda”.
“Todos são tratados da mesma forma, não sou tratado diferente porque fui jogador de futebol, pelo contrário. O tratamento é igual para todos os reeducandos. Nunca teve briga. Estou aqui há um ano e meio e nunca vi briga, nem no futebol, quando a gente tem um joguinho. Todos são bem educados, porque se tivesse algum tipo de falta ou problema estaria constando no meu BI (Boletim Informativo). Nunca tive problema com ninguém”.
“A alimentação, o horário que eu durmo, é tudo igual a todos os outros. Nunca comi comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. A hora do meu trabalho é a mesma. Faço tudo aquilo que os outros reeducandos podem fazer: oportunidade de trabalho, leitura de um livro, para a remissão, e de vez quando, no final de semana, a gente joga futebol, que é liberado quando não tem trabalho, no dia de domingo”.
“Nunca tive nenhum tipo de benefício. As visitas são aos sábados ou domingos. Quando a minha esposa não vem sozinha, ela vem com os meus filhos, o mais velho joga e os outros dois podem vir. A visita é igual, o tratamento é igual. Nunca teve nada diferente disso”.
“As mentiras que têm saído, que eu sou liderança, que tenho problema psicológico, nunca tive isso. Nunca tive que tomar remédio, graças a Deus. Apesar da dificuldade que é estar em uma penitenciária, que é normal, mas graças a Deus sempre tive uma cabeça boa e estou fazendo tudo aquilo que todos os outros reeducandos podem fazer”, concluiu.
Relembre o caso
Robinho foi condenado na Itália pelo crime de estupro coletivo de uma jovem albanesa, na cidade de Milão. O caso ocorreu em 2013, quando ele jogava pelo Milan.
A pena de nove anos de prisão foi homologada no Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com isso, a execução passou a ser cumprida em território nacional.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.