Movimentos sociais e entidades promovem em Santos ato contra massacre no RJ
Protesto acontece na Estação da Cidadania e pede a imediata responsabilização de Cláudio Castro por mais uma chacina
Os fatos e as imagens que chocaram o Brasil e o mundo, registrados nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, serviram de motivação para a realização de um ato contra a violência em Santos, no litoral paulista.
Uma operação desastrosa e trágica deflagrada pela polícia, sob o comando do governador do Rio Cláudio Castro, deixou mais de 100 mortos nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, na ação mais letal da história do país.
Diante de mais um flagelo social, movimentos sociais e entidades democráticas progressistas da Baixada Santista realizam, nesta sexta-feira (31), às 18 horas, a “Chamada Geral contra a Morte – o estado mata negros e pobres no RJ e no Brasil”.
O protesto acontece na Estação da Cidadania, à Avenida Ana Costa, nº 340, em Santos, e pede a imediata responsabilização de Cláudio Castro por mais uma chacina no Rio.
“As mães e famílias da Baixada Santista já choraram mais de uma vez e seguem chorando seus corpos. Na última Operação Escudo foram 84 mortes. Vivemos agora a dor do povo do Rio de Janeiro. Não é tragédia. Não é bala perdida. É um projeto de morte”, destacou a organização do ato.
Pela federalização das investigações
“Um quarteirão inteiro de corpos estendidos no chão. Peles negras. Jovens. Mães, irmãs, filhas, famílias reconhecendo os corpos dos seus. Marcas de tortura e execução sumária. Não podemos nos calar. Vamos às ruas dizer basta e exigir justiça. Fora, Cláudio Castro. Fora, Tarcísio. Fora, Derrite. Pela prisão do governador e de todo comando da Polícia Militar do Rio. Pela federalização das investigações e a criação de políticas de acolhimento e acesso à justiça para famílias vítimas da violência”, acrescentou.
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