FOLHA SANTISTA

Doença ainda pouco conhecida afeta milhões de brasileiros

Especialista alerta para os desafios do diagnóstico da doença, da alimentação segura e da inclusão social; saiba qual é

Escrito en SP el
Jornalista e redator da Revista Fórum.
Doença ainda pouco conhecida afeta milhões de brasileiros
O glúten é encontrado em alimentos e bebidas que contenham trigo, cevada, centeio, malte, entre outros. Pixabay

A data de 16 de maio foi marcada pelo Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten proteína presente no trigo, centeio e cevada, entre outros. O problema afeta milhões de pessoas no Brasil e em todo o mundo, embora seja ainda pouco conhecido e compreendido.

O objetivo é alertar a sociedade sobre os desafios enfrentados por quem convive com a doença e a importância de garantir acolhimento e respeito em ambientes coletivos como escolas, restaurantes e espaços públicos.

Com base na prevalência mundial, a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) estima que o país tenha hoje, aproximadamente, 2 milhões de celíacos, sendo que a grande maioria ainda não tem diagnóstico.

Segundo a nutricionista Letícia Mariano Bravo, que atende no Living Saúde em Santos, no litoral paulista, o único tratamento para a doença celíaca é a eliminação total do glúten da dieta por toda a vida.

Isso inclui evitar alimentos e bebidas que contenham trigo, cevada, centeio, malte e qualquer traço dessas substâncias, inclusive por contaminação cruzada.

“Mesmo pequenas quantidades podem causar danos ao intestino e sintomas, mesmo que não sejam imediatamente percebidos”, alertou a profissional.

Os sintomas mais comuns incluem diarreia crônica, dor e inchaço abdominal, perda de peso, falta de apetite e fadiga. Em crianças, pode ocorrer atraso no desenvolvimento.

Letícia listou cuidados essenciais, como verificar selos de “sem glúten” nas embalagens, ler rótulos com atenção, evitar buffets e restaurantes sem preparo adequado e manter utensílios exclusivos para o preparo de alimentos sem glúten em casa.

Ela esclareceu, ainda, que o glúten não é prejudicial para pessoas não celíacas, e que não há razão para excluí-lo da dieta sem recomendação médica.

A busca por conhecimento

Para quem recebeu o diagnóstico recentemente, a nutricionista orientou buscar conhecimento sobre alimentos permitidos e proibidos, priorizar o preparo de refeições em casa e conversar abertamente com familiares, amigos e colegas sobre a condição.

“Conectar-se com grupos de apoio também é uma forma importante de aprendizado e acolhimento”, acrescentou Letícia, pós-graduada em Emagrecimento, Metabolismo e Esportes, com experiência na área clínica.

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