Por Julinho Bittencourt Arte: Guilherme Almeida Fotos: Reprodução
Carinhoso Orlando Silva (1959)
Uma lista dos nossos grandes discos não poderia deixar de lado o cantor Orlando Silva e o compositor Pixinguinha. Neste álbum, de 1959, encontramos os dois na magistral gravação para o clássico “Carinhoso”
Tudo o que se fez depois remete a este primeiro álbum de João Gilberto, em que o cantor e violonista apresenta pela primeira vez a batida da Bossa Nova e o seu canto suave, afinado e cheio de contratempos
Chega de Saudade João Gilberto (1959)
O disco conceitual apresenta de maneira inovadora a trajetória e tragédia na vida de um trabalhador da construção civil. Nele, surge um novo Chico Buarque, com letras elaboradas e melodias inventivas
Construção Chico Buarque (1971)
Disco que fundou e batizou o movimento musical mineiro que ganhou o mundo. Além dos dois autores, quase toda a turma está no álbum, interpretando clássicos que se tornaram eternos
Clube da Esquina Milton Nascimento e Lô Borges (1972)
O grupo que encheu a nossa música de alegria e suingue tem neste álbum seu ponto alto. Nele, a mistura explosiva do samba e choro com a toada e o rock aparecem de maneira clara pela primeira vez
Acabou Chorare Novos Baianos (1972)
Caymmi, seu violão, sua voz e suas composições se tornaram algumas das grandes crônicas sobre a vida no litoral baiano, sobretudo, Salvador. Poucas obras em nossa música são tão ricas, belas e dramáticas
Canções Praieiras Dorival Caymmi (1954)
Disco manifesto que marcou o famoso movimento reúne alguns dos maiores gênios da nossa canção, entre eles Caetano, Gil, Mutantes, Tom Zé, Nara Leão, Gal Costa, Rogério Duprat e os poetas Capinam e Torquato Neto
Tropicália ou Panis et Circencis Vários (1968)
Primeiro disco do autor, lançado quando ele tinha 65 anos, traz represado em seu repertório uma série de obras-primas. A produção de Pelão, que busca o som natural de uma roda de samba, é uma nota à parte
Cartola Cartola (1974)
O álbum é um marco na obra de Gil. Nele, tudo o que caracterizou sua música aparece pela primeira vez, com canções inesquecíveis e arranjos irretocáveis, comandados pela voz e violão do autor
Refazenda Gilberto Gil (1975)
Qualquer disco de Paulinho da Viola poderia entrar nesta antologia. Este, tem o mérito de resumir em 10 canções toda a importância do autor, cuja obra sempre contou com vários sambistas do Rio de Janeiro
Nervos de Aço Paulinho da Viola (1973)
Gravado durante seu exílio, em Londres, traz o gênio do autor explodindo em várias possibilidades que vão do berimbau e Gregório de Matos ao rock. Vários brasileiros participam, entre eles Jards Macalé
Transa Caetano Veloso (1972)
O violonista e o poeta se trancaram durante uma semana e compuseram oito sambas inspirados no Candomblé e seus Orixás. Uma obra-prima que já rendeu inúmeras regravações, entre elas a de Mônica Salmaso
Os Afro-Sambas Baden Powel e Vinícius de Moraes (1966)
Obra maior do maestro soberano, gravada em Nova Iorque, conta com canções e peças sinfônicas, com orquestrações do alemão Claus Ogerman. Como destaque, o lançamento de “Águas de Março”
Matita Perê Tom Jobim (1973)
Bethânia era uma iniciante. Edu já era conhecido. A reunião dos dois conseguiu unir uma de nossas maiores cantoras com um dos grandes compositores. O resultado é um álbum refinado e popular
Edu e Bethânia Edu Lobo e Maria Bethânia (1967)
O álbum mais importante do rap brasileiro de todos os tempos, repleto de citações e passagens bíblicas, escancarou com sua poesia direta a realidade das periferias das grandes cidades do país
Sobrevivendo no Inferno Racionais MCs (1997)
Álbum de estreia do autor, merece entrar na lista tanto pela sua música inovadora, quanto por ser um dos grandes representantes da vanguarda paulistana que, no início dos anos 1980, sacudiu a música do país
Beleléu, Leléu, Eu Itamar Assumpção (1980)
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