Free Pussy Riot!

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Três membros da Pussy Riot, banda russa, punk e feminista foram condenadas hoje a dois anos por se manifestarem contra Putin numa Igreja. Uma crítica simbólica, visto que a Igreja Ortodoxa lá tem uma relação de influência no Estado. As eleições que ocorrem na Rússia são consideradas uma farsa para muitos e o líder da Igreja Ortodoxa apoiou Putin na última candidatura à eleição.

A Anistia Internacional as declarou prisioneiras de consciência. O julgamento feito foi uma farsa, desde o início era claro que elas seriam condenadas. Elas tiveram seus pedidos de fiança recusados, elas não tiveram nem direito a receber visitas. Durante o julgamento houve até uma frase que virou manchete tamanho absurdo: "O feminismo é um pecado mortal", que deixa mais do que claro que a prisão delas foi por uma questão de opinião. 

A opinião internacional condena a prisão. Hoje houveram manifestações "Free Pussy Riot" pelo mundo. E na Rússia, quem se manifesta contra a condenação é preso, mesmo que sejam manifestantes de 16 anos ou Garry Kasparov, enxadrista e defensor dos Direitos Humanos. Há quem diga que a Rússia se definiu de vez com essa condenação, se definiu como um Estado que não respeita os Direitos Humanos, principalmente os civis e políticos. 

Faith no more, Madonna, Paul Mccartney, Peaches, Simonne Jones, Kate Nash e outros artistas e pessoas públicas se manifestaram pró Pussy Riot. 

Apoiar a liberdade das integrantes do Pussy Riot é uma forma de repudiar atos de abuso de poder praticados pelos Estados e lutar para a efetivação dos Direitos Humanos. Afinal, a liberdade de expressão é um direito humano componente necessário do próprio direito humano a Democracia.  O julgamento das integrantes, conforme foi dito foi parcial e não respeitou os princípios básicos de um Estado Democrático de Direito. 

Outro ponto a ser destacado é a questão da laicidade do Estado, afinal, a manifestação delas era direcionada ao Putin e ao fato do líder da Igreja Ortodoxa apoiá-lo. Elas não tinham o objetivo de ofender a liberdade religiosa das pessoas. O objetivo era criticar essa relação Estado/Igreja e como isso fere a Democracia e os demais atos de abusos estatais de Putin.

Não apoiar as Pussy Riot é de certa forma ignorar o fato que Putin há tempos farsa eleições, leis e afins para se manter no poder. Por exemplo, quando ele não podia mais ser eleito presidente, só primeiro ministro, houve uma modificação nas atribuições de poder do primeiro ministro para ser exatamente igual ao do presidente. E depois disso, Putin se tornou primeiro ministro e manteve seu poder.

E eu convoco vocês, leitores do Ativismo de Sofá, a tirarem uma foto em apoio ao grupo e demonstrando repúdio ao julgamento parcial e tendencioso que ocorreu. Nós, do Ativismo de Sofá, faremos um álbum na nossa página no Facebook com as fotos enviadas. A minha foto já está lá. Há também um evento chamado "#FREE PUSSY RIOT" que convoca os convidados a trocar de foto do perfil ou da capa em solidariedade a elas. Nós somos a favor dos direitos humanos e contra abusos estatais, somos todas pró Pussy Riot! Somos contra a opressão.

FREE PUSSY RIOT!

Assinem as petições "Free Pussy Riot" e a favor dos direitos humanos: 
Favor enviar as fotos no email [email protected]
Ato em apoio às Pussy Riot em São Paulo: https://www.facebook.com/events/425068190872898/
Texto da Escreva Lola Escreva sobre o caso aqui.