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Santista duplamente, de nascimento e de time de futebol, este blogueiro subiu a serra (favor não confundir, o artigo está no feminino) em 1985 para estudar jornalismo no ABC, mas especificamente na Universidade Metodista.
Eram os primeiros meses da Nova República e vivia-se a expectativa da posse de Tancredo Neves, que havia sido eleito pelo Colégio Eleitoral. A outra parte da história os amigos já sabem, Tancredo morreu e Sarney ficou com o governo.
Naqueles anos o ABC era o templo das lutas no Brasil. Isso acontecia principalmente porque ali estava o Sindicato dos Metalúrgicos, que tinha projetado entre outras lideranças o atual presidente da República, Lula, ou o Baiano, como lhe chamavam os companheiros mais próximos.
Com 17 anos e muita vontade de participar de tudo, recordo-me de uma das minhas primeiras vivências políticas naquele novo mundo. Foi ir ao Sindicato dos Metalúrgicos e participar de um evento com Daniel Ortega, que presidia a Nicarágua após o sucesso da Revolução Sandinista.
Vivi outras tantas experiências carinhosas com este Sindicato. Entre elas, em 1987, já como presidente do Centro Acadêmico da Comunicação da Metodista, quando participei de alguns debates com o pessoal que preparava um dossiê do projeto que viria a ser entregue ao ministro Antônio Carlos Magalhães, em setembro daquele ano, solicitando concessão de rádio e TV para o Sindicato.
Havia quem achasse que era possível, no limite, obter a concessão da rádio. Mas, que nada. O buraco era muito mais embaixo. Só em abril de 2005, com Lula na presidência da República, que a Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho, da qual fazem parte outros sindicatos como o dos Bancários de São Paulo e o dos Químicos, que se conseguiu a concessão de uma TV educativa, no canal 46, que vai ter sua base em Mogi das Cruzes.
E esta TV deve ser lançada no dia 13 de agosto, com a presença de Lula.
A notícia do lançamento da TV não é nova, mas pouco sabe-se sobre qual é exatamente o seu projeto e alcance.
Para que a blogosfera não fique à margem deste processo, a Altercom e a Barão de Itararé, por intermédio deste blogueiro e do amigo Altamiro Borges, participarão de um café da manhã com Valter Sanches, que preside a Fundação Sociedade Cultura e Trabalho.
E nossa idéia é abrir a conversa. Torná-la ampla. Por isso, este post também é um convite. Quem têm interesse pelo tema que quiser saber mais sobre a TVT, por favor, entre em contato pelo email [email protected].
É uma oportunidade para que a gente dê novos passos nas articulações pela democratização da mídia.