Bolsonaro usa redes sociais para atacar prestígio de militares que compõem primeiro escalão do governo

Considerados um ponto de equilíbrio na gestão confusa de Bolsonaro, presidente usa redes sociais para amplificar ataque a prestígio dos militares

Bolsonaro com militares - Foto: Marcos Corrêa/PR
Escrito en BLOGS el
A continuar nessa toada, militares em cargos estratégicos na gestão de Jair Bolsonaro (PSL) podem ter seu prestígio minado em questão de tempo. E as postagens nas redes sociais do presidente tem contribuído para isso. No canal oficial de Jair Bolsonaro no youtube, constava no fim de semana um vídeo em que o guru do presidente, o astrólogo Olavo de Carvalho, cita algumas posições que o presidente compartilhou, logo considera como verdade: que as escolas militares não produzem nada de bom há muito tempo, “só cabelo pintado e voz empostada”, e que “os milicos” só fizeram “cagada” e entregaram “o país aos comunistas”. O vídeo foi apagado ainda no fim de semana após mais de 100 mil visualizações. Na manhã de domingo Carlos Bolsonaro, que atualiza redes sociais do pai, deixou a entender que estaria entrando em uma nova fase e se afastando temporariamente de postar conteúdo nas mídias do presidente. Os fardados mostram surpresa com o vídeo atacando os pares. O que não é um argumento válido, tendo em vista que Bolsonaro foi expulso do Exército por mal comportamento, além de ter sido considerado desleal para com os seus superiores, entre eles um plano para explodir bombas-relógio em unidades militares do Rio. O investimento de Bolsonaro em criar cizânias começa a atingir os militares, que são considerados [quem diria] o ponto de equilíbrio do governo. A preocupação real dos milicos é que ao final da gestão eles deixem o governo com prestígio menor do que quando entraram. Se depender do presidente esse resultado será líquido e certo em questão de tempo.