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Guilherme Castro Boulos, nascido em 1982, em São Paulo, foi preso na data de hoje por se tratar de uma ameaça ao novo regime.
Porque o novo regime não pode ser questionado nas ruas.
Porque o novo regime não permite manifestações.
Porque o novo regime entende a ordem como algo que se estabelece a partir da força bruta.
Porque o novo regime não faz de conta, ele faz.
O novo regime não se aplica aos que se apropriam da terra para fins especulativos. Mas não negocia com famílias que não tem onde morar.
Essa lógica do novo regime é anti-Boulos.
Boulos solto é um perigo, por exemplo, para o projeto Doria Jr.
Porque Doria sabe que pode ficar tranquilo com a oposição na Câmara.
E até com o ex-prefeito Haddad.
Eles podem reclamar, protestar, dar declarações, mas quem pode desestabilizar o seu governo é o Boulos.
Boulos consegue colocar milhares nas ruas.
Boulos tem credibilidade com a garotada do hap, dos sarais, do grafiti, dos coletivos de cultura, das universidades, com os cicloativistas, com o povo das ruas, com a pefira e a USP.
Boulos pode se tornar o grande adversário político dos tucanos em São Paulo. E em muito menos tempo do que a vã política possa imaginar.
E o novo regime, que saiu das urnas no último outubro com uma vitória estupenda por conta da crise do PT, não quer saber de ameaças.
Quer governar sem oposição.
O marketing do novo regime não permite povo nas ruas.
Boulos foi preso hoje, mas será liberado.
Mas está na mira.
Como não é um bobo metido a besta, vai dar a volta nos caras.
Boulos tem tudo para ser a grande liderança popular de esquerda nos próximos tempos.
Eles sabem disso.
Mas nós também.
A gente sabe que o Boulos é uma ameaça ao novo regime.
E por isso estamos com o Boulos.