Cobertura do PDE: o que foi destaque e o que foi esquecido

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As últimas duas edições do Ação na Mídia abordaram a cobertura sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cujas medidas foram finalmente anunciadas no dia 24 de abril. Vamos, então, neste número analisar a cobertura na segunda quinzena de abril, que inclui o lançamento do PDE e a divulgação do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB), que norteará o estabelecimento de metas para os municípios. Anteriormente, havíamos destacado a pouca diversidade de fontes ouvidas pelos jornais de todo o país. Predominavam as fontes governamentais e das fundações empresariais. Chama a atenção, entretanto, que nos três dias seguintes ao lançamento do Plano, a voz dos representantes do setor privado tenha deixado de prevalecer. As matérias enfocaram pontualmente as propostas (principalmente o IDEB e o estabelecimento de um piso salarial nacional para os professores). Para isso, nota-se um esforço maior de ouvir a opinião de gestores e ex-gestores públicos, sindicalistas, professores e pesquisadores.

A visão dos empresários sobre a educação e as propostas do PDE seguiu tendo espaço privilegiado nos jornais do final de semana dos dias 28 e 29 de abril e nas revistas semanais. Antonio Ermírio de Morais, em sua coluna na Folha de S. Paulo e no Jornal do Brasil, diz que “chegou a hora de utilizar a noção de produtividade da mesma maneira como se faz nas empresas privadas” e louva o PDE por “monitorar e avaliar os recursos do ensino fundamental e médio”.



Leia aqui documento elaborado pelo Observatório da Educação, programa da Ação Educativa