Economia com pilotos é denunciada por sindicalista

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Daniel Merli, repórter especial desta Fórum em Brasília, está terminando uma reportagem sobre a crise do sistema aéreo para a próxima edição impressa da revista. Ele ouviu o Sindicato Nacional dos Aeronautas. Veja o que o diretor da entidade, Carlos Camacho, disse sobre os salários e experiências de comandantes e co-pilotos. É uma denúncia gravíssima. E precisa de investigação urgente.



“Se o tempo de vôo de cada avião subiu, o de cada piloto caiu. O Sindicato Nacional dos Aeronautas estima que cerca de 400 pilotos brasileiros foram trabalhar na África ou Oriente Médio. Com uma extensa lista de horas de vôo, sua experiência não comportava mais os baixos salários pagos pelas companhias. “As empresas contrataram pilotos com alguma experiência, mas não tão grande para serem comandantes. E colocaram como co-pilotos gente de baixíssima experiência”, afirma Carlos Camacho, diretor do Sindicato Nacional de Aeronautas. “Depois de adquirir algumas horas de vôo, esses co-pilotos têm sido promovidos a comandantes.”

Em situações normais de vôo, Camacho considera que não há problema com política de recursos humanos das empresas. “A questão é no momento de decisão. Nessa hora, o co-piloto assume praticamente a função de um segundo piloto mesmo, já que todos os equipamentos da cabine são redundantes, para que os dois possam operar. Neste momento, um comandante com experiência vai trabalhar com um colaborador de pouquíssima experiência. Aí pode haver algum problema.”