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O agora ex-ministro da Justiça concedeu há pouco uma entrevista coletiva no momento em que deixou o ministério. Tratando a delação do senador Delcídio Amaral mais como algo real do que com uma hipótese, José Eduardo apontou uma série de contradições e equívocos nas denuncias.
Entre os equívocos mais gritantes contra a presidenta Dilma Roussef apontados por José Eduardo, destaca-se o em que o senador no anexo 29 da delação teria dito que: "o esquema seria descoberto pela CPI dos Bingos, mas o governo usou a base de apoio no Congresso para barrar a investigação dos parlamentares."
O ministro lembrou que a CPI dos Bingos foi encerrada em 2006, quando Dilma era uma recém nomeada ministra da Casa Civil. E que naquele momento nem Lula havia sido reeleito.
José Eduardo também foi contundente ao dizer que Delcídio não saia da sua antessala para buscar que ele impedisse as delações premiadas. E que ele nunca fez gestão alguma neste sentido.
O tom indignado de José Eduardo Cardoso também foi duro na defesa de Lula e disse que não faz sentido algum o trecho em que Delcídio atribuiria a Lula a captação dos recursos usados por ele para a operação de fuga de Nestor Cerveró.
Por várias vezes, na coletiva, Cardoso disse que não se pode atribuir credibilidade à Delcídio, uma pessoa que age animado pelo instinto de vingança pelo governo não ter agido no sentido de livrá-lo da cadeia.
Cardoso também levantou a hipótese de que nesta suposta delação poderia haver também gente da oposição. O blogue apurou que a revista Isto É teria tido acesso a 100 páginas da delação, mas que esse documento, segundo a própria revista, seria de 400 páginas.