Ameaça de renunciar e parar Lava Jato é chantagem explícita de procuradores

O Brasil vive uma crise econômica gravíssima muito em decorrência de uma crise política inflada pela forma de agir da força tarefa da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro

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Foi isso que os procuradores da força-tarefa da Operação Lava fizeram ao dizer que podem acabar com a operação se o Congresso aprovar a lei que permite punição por abuso de autoridade também a juízes e procuradores.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos dos Santos Lima foi o verbalizador da ameaça. Ele disse, na entrevista coletiva realizada em Curitiba na tarde desta quarta-feira (30), que a força-tarefa da Lava Jato "pode abandonar os trabalhos", se o que chama de "proposta de intimidação de juízes e procuradores" for aprovada.

Deltan Dallagnol, o procurador que investe em imóveis do Minha Casa Minha Vida, disse que a aprovação da lei foi o "golpe mais forte efetuado contra a Lava Jato concretamente em toda a sua história". A coletiva teve um objetivo claro, colocar a faca no pescoço dos deputados e senadores. O que do ponto de vista institucional é um absurdo completo. Há uma clara invasão de um poder na atribuição do outro. E ao jogar gasolina na fogueira, esses procuradores estão agindo de forma absolutamente irresponsável. O Brasil vive uma crise econômica gravíssima muito em decorrência de uma crise política  inflada pela forma de agir da força tarefa da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro, que buscam o tempo todo por holofotes e aclamação popular. Essa atitude é mais uma neste sentido. E é inaceitável. Se a chantagem prosperar, a democracia é que será a vítima.