O esquema de enriquecimento dos Bolsonaros é muito simples

Não é nada difícil comprovar a operação. Ao contrário, é barbada. Se o sigilo do tal Queiroz for quebrado vai se descobrir quem depositava o dinheiro para ele

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Hoje, o Jornal O Globo traz a foto da fachada da casa da família Queiroz, cujos membros, até 15 de outubro, trabalhavam nos gabinetes da família Bolsonaro. Típica casa classe C, que não corresponde à movimentação de recursos do patriarca. Hoje, a Folha traz uma reportagem que mostra o modus operandi dos depósitos e saques do tal Queiroz. Tudo simples. Conforme alguém depositava um valor x na sua conta, ele sacava praticamente o mesmo valor. Que certamente era entregue em espécie para outrem. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Desde o primeiro dia em que a denúncia surgiu que o blogueiro e outros jornalistas já apontavam para o fato de que Queiroz era apenas um laranja da família. Que o dinheiro não era dele. O que está ficando cada dia mais claro. Essa história de garfar ou dividir o salário de funcionários dos gabinetes não é nova. Ao contrário, é prática comum entre, principalmente, os parlamentares de baixo clero. Os mais honestos, pegam uma parte do dinheiro para contratar mais funcionários e honrar compromissos do próprio gabinete que não podem ser pagos com a verba a ele destinado. Os safados, botam a grana no bolso. E enriquecem. Que é o que os dados divulgados de IR da família Bolsonaro parecem indicar. Não é nada difícil comprovar a operação. Ao contrário, é barbada. Se o sigilo do tal Queiroz for quebrado vai se descobrir quem depositava o dinheiro para ele. Aliás, talvez uma boa conversa com todos os assessores dos gabinetes da família já resolva isso. Alguns certamente abrirão o bico. Bolsonaro se meteu de cabeça no caso ao dizer que o dinheiro depositado para a sua mulher foi um empréstimo. E não tem mais moral alguma para falar de corrupção. Seu destino pode ser o de Collor, a quem ele homenageou ontem, e de Jânio. Ter uma passagem rápida e vergonhosa pela presidência. É o destino que a história costuma reservar aos moralistas sem moral. Que o diga Aécio, que nem na presidência chegou, mas que viveu hoje mais um episódio desta sina que persegue os canalhas políticos que fazem qualquer coisa para chegar ao poder. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais