Coletivo evangélico chama juristas à roda

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Como surgiu a ideia do ato: Crescente a inquietação de significativo grupo na comunidade evangélica em se ver identificado com falas e práticas reacionárias. Especificamente por ocasião do evento jurídico/midiático nomeado de “Operação Lava-Jato”, é perceptível a tentativa de alguns líderes em falar em nome de todos. Seguindo a tendência, partem da presunção da culpa. As investigações seriam para provar a presunção. No nível mais elementar, nosso ato é para dizer que não fazemos parte disso. Somos uma minoria, para alguns até insignificante. Mas não queremos negociar a nossa consciência e nem aquiescer frente ao poder do coronelismo eletrônico evangélico. Não nos posicionamos de forma contrária às investigações dos órgãos competentes. Mas olhamos com desconfiança quando parte do Judiciário passa a funcionar no compasso do tempo da política ou segundo o imediatismo da grande mídia militante. Defendemos a justiça em conformidade com o Estado de Direito sem a promoção de espetáculo para compensar a perda de audiência das telenovelas e dos programas de reality show. Recusamos o messianismo político, assim como o messianismo que despreza todo o Sistema Judiciário e elege uma toga como a salvadora. Que o Judiciário mantenha distância dos grupos de poder. Que faça o seu trabalho com a sua conhecida circunspeção. Que o rito do processo seja obedecido pelo respeito às pessoas investigadas e pela suspensão do juízo dos próprios investigadores e juízes. O ato “Coletivo evangélico chama juristas à roda” surgiu de conversas informais. Não parte de nenhuma instituição e não tem qualquer tipo de financiamento. O ato acontecerá no espaço público. Emblematicamente na CAARJ – Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro. Com isso estamos dizendo que o espaço público é largo o suficiente para que grupos religiosos emitem suas posições, mas que jamais criminalizem ou demonizem àqueles que pensam diferente. Tremenda covardia fazer de templos religiosos comitês ideológicos politizados e das concessões de radiodifusão (que são públicas) mecanismo de monopólio da fala evangélica. O Estado é laico e quem quer fazer o debate que não se escore nos seus púlpitos. Vem para o espaço público e diga o que tem a dizer do chão, não do alto. O encontro não é fechado. Pessoas de qualquer credo religioso ou de qualquer posicionamento político serão bem-vindas. Fraterno abraço e até quinta-feira! Motivo que nos agrupa: Pelo Estado de direito democrático e laico e pela legitimidade do mandato da Presidenta Dilma Rousseff (até provem o contrário). Refutamos: 1.A tentativa de golpe e a interrupção do mandato da Presidenta Dilma Rousseff. 2.A atuação da suposta bancada evangélica no Parlamento. 3.A figura do Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como síntese da comunidade evangélica neste país. Vínculos: Nenhuma orientação de natureza política partidária nem de ordem eclesiástica denominacional. Participações pessoais voluntárias. Data: 7 de abril de 2016 Hora: entre 18h30 e 21h Local: CAARJ - Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro Av. Marechal Câmara, 210. 6° andar - Castelo Antiga sede do Conselho Federal da OAB Plenário Dr. José Ribeiro de Castro Filho. Primeira mesa: O Judiciário tem do que se envergonhar no processo político em curso no Brasil? Juristas e cobertura jornalística internacional: Juliana Neueschwander Magalhães - Doutorado em Direito pela Università degli Studi di Lecce (2004). Realizou Pós Doutorado no Instituto Max-Planck de História do Direito Europeu (2003). Atualmente é Professora da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dois representantes indicados pela OAB-RJ Lamia Oualalou - Jornalista correspondente do Le Figaro, Mediapart e Le Monde Diplomatique.   Segunda mesa: Os evangélicos têm do que se envergonhar no processo político em curso no Brasil? Dra. Daniela Frozi - Professora da FIOCRUZ-DF. Lusmarina Campos - Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana. Ariovaldo Ramos – Pastor / Missão na íntegra. Valdemar Figueredo Filho – Pastor / Doutor em Ciência Política / Professor universitário.   Dinâmica: As falas serão no espírito de manifesto para demarcar posição. No limite 10 minutos para cada exposição. 1. Música; 2. Abertura; 3. Primeira mesa; 4. Música; 5. Segunda mesa; 6. Falas, interlocuções e reações

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