Se não fizermos algo agora, haverá uma epidemia de feminicídio dentro da pandemia de coronavírus

A violência doméstica tem aumentado vertiginosa e assustadoramente durante o período de isolamento social. O que podemos fazer a respeito?

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A violência doméstica tem aumentado vertiginosa e assustadoramente durante o período de isolamento social. Mulheres em situação de vulnerabilidade correm ainda mais perigo estando confinadas com seus agressores.

Só no paraná, entre 20 e 22 de março foram 217 casos, e no Rio de Janeiro foi registrado um aumento de 50% nos casos de violência doméstica. E isso não apenas os casos denunciados.

Sim, estamos diante de uma pandemia e prestes a entrar em estado de calamidade pública, mas é preciso que se pense agora em políticas públicas emergenciais para auxiliar as mulheres que estão literalmente presas com seus agressores.

Não só não há nada nesse sentido, como no último fim de semana, o Presidente da República Jair Bolsonaro disse que a causa da violência era o confinamento e a maneira de combater o problema era deixar com que as pessoas trabalhassem.

Estamos cobrando parlamentares e buscando pensar em soluções. Na França, hotéis foram transformados em casas de acolhimento para mulheres em situação de violência, e há outras alternativas criativas que podem ser aventadas. O coletivo feminista #AEQSE (Agora É Que São Elas) lançará amanhã uma campanha nas redes para estimular a criação de uma grande rede de solidariedade formada por mulheres de todo o Brasil com o objetivo de ajudar às vítimas desse verdadeiro pesadelo.

Você tem alguma ideia doque poderia ser feito a respeito dessa situação? Me conta. Vamos juntas. Ou muitas de nós, ainda mais, morrerão nesse período de trevas.