E começou a CPI. Começou quente, apesar de tanta Cachoeira

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E começou a CPI. Começou quente, apesar de tanta Cachoeira.

Os tentáculos do bicheiro Cachoeira são tantos, e tão profundos, que essa extensão ditou o rumo dos debates no primeiro dia da CPI. Mas, claro, sem que seja dito que o debate é exatamente sobre até onde a CPI vai ou não vai.

Uma parte da CPI quer abrir o coração, o cofre da Delta. Abrir, mas até onde? A Delta, de Fernando Cavendish, é a empreiteira que, segundo a gramparia, regava campanhas e bolsos Brasil afora. Empreiteira presente, informa o noticiário, em obras em mais de 20 estados. Ampliar ou restringir os tiros na Delta? A intenção varia de acordo com o partido e o deputado ou Senador. Assim o que se tem, em resumo, é o seguinte: quem é aliado do governo federal tenta dirigir a CPI contra alvos do PSDB e do DEM.

Os alvos existem, não são poucos e não se restringem ao governador Perillo, tucano de Goiás, e ao senador Demóstenes, do DEM. A base aliada, mais precisamente o PT, mira em obras da Delta em São Paulo. Mira nos R$ 281 milhões pagos pelo governo de São Paulo à empreiteira Delta por obras entre 2003 e abril deste 2012.

O PT mira na ampliação da marginal do Rio Tietê. O alvo, portanto, é ex-governador José Serra, agora candidato a prefeito. Já a oposição, o PSDB e o DEM, miram, primeiro, no governo federal. Quando propõem iluminar as entranhas e os bilhões pagos à Delta no PAC, e não apenas no PAC, os alvos são, óbviamente, dois: os governos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Além de alvos menores, como o governador Agnelo, do PT de Brasília.

Nesse primeiro dia de CPI ficou claro algo previsto aqui. O ex-presidente Collor, que renunciou após um processo de impeachment, chegou com sede ao pote. Seus objetivos são dois: um, voltar ao primeiro plano da política. O segundo objetivo, decorrente do primeiro, mistura cálculo e vingança.

No caso Cachoeira, setores da mídia tem mesmo explicações a dar, mas, isso à parte, Collor aparenta, ou simula, sentir-se traído.

Traído por aqueles que o ajudaram a se tornar presidente em 1989 e que, depois, mesmo tardiamente, publicaram o que era seu governo. Ao se vingar estaria, ao mesmo tempo, desmoralizando quem ajudou a derrubá-lo. O debate sobre constitucionalidade, no primeiro dia da CPI, foi cortina de fumaça.

A briga real é para abrir mais, ou menos, o coração e o cofre da Delta. O risco que correm, e que seria uma benção para o Brasil, é que o bicheiro Cachoeira abra o coração. E solte a língua.

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