E disseram que ele estava na pior, pohan!
Onda vermelha atrai 5 mil pessoas no Centro e confirma ascensão do PT e derrota de aliado dos tucanos 28/09/2012
Lula em carreata da campanha de Márcio Pochmann, em Campinas. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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Em sua fala, o ex-presidente citou sua proximidade com Marcio e a importância que o economista e professor da Unicamp teve em seu governo. “Ele me ajudou a preparar o programa Bolsa Família. Ele ajudou a Marta (Suplicy) a preparar os CEUs. E vocês sabem que foi por conta destas pessoas, que aprenderam nas universidades, que nós fizemos o governo extraordinário que nós fizemos. É por isso, que os nossos adversários nos olham com tanto ódio. Porque eles imaginavam que o metalúrgico iria fracassar e não fracassou. Eles imaginavam que a mulher (Dilma) não sabia governar e a mulher está dando uma lição de como sabe governar”, disse.
“É por isso, que esta cidade que sempre votou em pessoas de esquerda. Esta cidade sempre votou contra tucanos, porque esta cidade sabe que tucano é um bicho predador. Foi por isso que ela votou em mim em 89, 94, 98, 2002, 2004 e 2008 e, na Dilma, em 2010. É esta mesma cidade que vai votar no Marcio e na Adriana em 2012”, recordou.
Lula lembrou também de sua relação com Campinas e de campanhas petistas vitoriosas das quais participou. “Primeiro eu queria agradecer aos companheiros que estão nesta praça extraordinária, onde tantas vezes eu participei de manifestações. Aqui, eu já fiz passeata com metalúrgico, já fiz passeata com petroleiros, já fiz campanha para eleger o Jacó (Bittar), já fiz campanha para eleger o Toninho (Antonio da Costa Santos) e é importante lembrar que estes dois companheiros quando começaram as eleições, eles não tinham nem a quantidade de votos que você tem hoje, Marcio. Alguns não tinham nada quando nós começamos na campanha”, lembrou Lula, que falou por 12 minutos.
O ex-presidente citou os investimentos que Campinas recebeu sob a sua gestão e continua recebendo, com Dilma, aliada de Marcio. “Por que eu vim para Campinas hoje? Eu poderia estar descansando e todo mundo entenderia que o Lula não pudesse vir a Campinas porque afinal de contas eu tive um câncer, recuperei do câncer e estou recuperando a garganta. Por que eu estou aqui? Eu estou aqui porque como presidente da República, eu vim aqui várias vezes anunciar obras do governo federal nesta cidade”, afirmou o ex-presidente.
“Esta cidade hoje é umas cidades que tem a maior quantidade de tratamento de esgoto. Esta cidade é uma cidade que tem 100% de coleta de água e tratamento de esgoto. E isto foi parceria da Prefeitura de Campinas com o governo federal. Esta cidade, ela vai receber R$ 8,7 bilhões para o aeroporto de Viracopos, que irá ser um grande aeroporto e ter um terminal para mais de 15 milhões de passageiros/ano, com uma segunda pista. E por isso, nós viemos aqui há uns quatro anos evitar que a pista fosse feita em um lugar em que fosse desapropriar o povo pobre que mora em volta do aeroporto de Viracopos”, afirmou o presidente, citando decisão do seu governo que impediu a retirada de 40 mil famílias de 50 bairros.
Lula citou também a conquista do TAV (Trem de Alta Velocidade) para Campinas. “Esta cidade, ela vai receber aqui um investimento que não é pouca coisa, daqui vai partir daqui o primeiro trem bala da América Latina. O trem que vai sair daqui de Campinas, vai passar por São Paulo e vai até o Rio de Janeiro. Será um investimento de R$ 33 bilhões. Aqui nós já fizemos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e estão previstos R$ 191 milhões para urbanização de favela, R$ 340 milhões para mobilidade urbana”, enumerou Lula, que fez carreata pelas ruas do Centro ao lado de Marcio e outras lideranças petistas, dando autógrafos e acenando para simpatizantes.
POCHMANN - Marcio Pochmann, 50 anos, foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 até se afastar para concorrer à Prefeitura de Campinas. Também dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante o governo da prefeita Marta Suplicy, em São Paulo, quando implantou o Programa de Renda Mínima. Possui graduação em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas. É pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, na Unicamp, do qual foi diretor-executivo, assim como membro do corpo docente da Unicamp. É casado e pai de dois filhos.
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