Não, não existe homofobia no Brasil é tudo delírio da blogosfera 'gayzistica'

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Desde ontem à noite quando a @samara7days postou esta notícia no twitter eu comecei a preparar este post e o deixei no rascunho.

A notícia é tão chocante, ela expõe tanto da sociedade machista, sexista e homofóbica na qual vivemos, que demorei a assimilar.

A atitude desses jovens homofóbicos apesar de grotesta, resume muito bem a educação sexista e hipócrita de nossa sociedade: dois homens (pai e filho adolescente) não devem andar abraçados em público, homem não deve demonstrar afeto a outro homem publicamente (mesmo sendo amor paternal), porque serão confundidos com gays e virou regra agredir fisicamente gays no espaço público.

E o que me parece mais assustador, ao invés de notícias como estas nos horrorizar e nos mobilizar para que se faça um trabalho sério na educação de nossos jovens para o respeito à diversidade e se aprove leis que penalizem a barbárie, o que vemos são atitudes retrógradas como a da presidenta Dilma, sem assessoria decente, que barrou material pedagógico para uma escola sem homofobia e repetiu a bobagem de "não faremos propaganda de material de 'opção sexual'", ou então as bobagens ditas pelas Myrians Rios nas Assembléias Legislativas Brasil afora e as concessões feitas pela senadora petista, Marta Suplicy, a cristãos fundamentalistas para que ao menos o PL122 possa ir para votação ou, ainda, deputados e senadores petistas fazendo vídeos e participando da Marcha para Jesus que se transformou em um evento de propaganda em prol da homofobia e contra o Estado Laico.

Quando me indigno contra esses atos de expressão machista, sexista e homofóbica sou chamada de 'gayzista'. Tomara que mais cidadãos brasileiros se tornem 'gayzistas' quem sabe consigamos educar para a diversidade, refreear esta violência grotesta e dar um basta à hipocrisia de políticos preocupados apenas em agradar sua base conservadora?

Homem tem orelha decepada após jovens o julgarem gay

do Gay1-SP

18/07/2011 Segundo vítima, agressores pensaram que ele e o filho fossem casal. Crime ocorreu durante exposição em São João da Boa Vista.

Homem teve parte da orelha decepada (Foto: Reprodução/EPTV)
Homem teve parte da orelha decepada (Foto: Reprodução/EPTV)

Um homem de 42 anos teve metade da orelha decepada após ser agredido por um grupo de jovens na madrugada de sexta-feira (15), em um centro de exposições de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Segundo a vítima, os agressores pensaram que ele e o filho fossem um casal gay, pois os dois estavam abraçados.

O homem, que preferiu não se identificar, disse nesta segunda-feira (18) que ainda estava traumatizado. De acordo com ele, depois de um show, um grupo de sete jovens se aproximou e perguntou se os dois eram gays.

Ele disse que eram pai e filho, mas houve um princípio de tumulto. Segundo o homem, os rapazes foram embora, voltaram cinco minutos depois e começaram a agredir os dois. Um deles mordeu e decepou parte da sua orelha. O homem desmaiou. “Na hora que eu acordei, as pessoas diziam que eu estava sem a orelha”, disse.

Ambos foram levados para a Santa Casa. O filho sofreu ferimentos leves. Eles foram atendidos e liberados.

Segundo Fernando Zucarelli, delegado do 1º DP de São João Boa Vista, foi aberto um inquérito para apurar o caso. A polícia tentará identificar os autores da agressão. A homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda não consta como crime no Código Penal brasileiro, mas, além da agressão, os jovens também podem responder por discriminação.

A organização da exposição diz que havia 150 seguranças no evento, além de policiais militares.

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