O tomate venceu: governo Dilma cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros

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Agora sim, Dilma pisou no tomate, porque fez exatamente o que esta mídia bandida queria.

Banco Central cede aos banqueiros ignorando alto custo social e econômico

Direção Executiva da CUT – Central Única dos Trabalhadores

São Paulo, 17 de abril de 2013

O Banco Central cedeu às pressões dos especuladores e de parte da mídia que defende os interesses dos bancos, seus principais patrocinadores, e aumentou a taxa básica dos juros.

A decisão atendeu aos conservadores e especuladores, únicos que vão ganhar com isso, e contrariou um dos pilares da política econômica do governo que é a geração de emprego e distribuição de renda.

Para um país que enfrenta o desafio de voltar a crescer de maneira robusta, aumentar a taxa de juros significa apostar no não investimento produtivo.

Para o especulador o que interessa é o lucro pessoal e não o desenvolvimento do país, nem que para isso tenham que inventar fenômenos como o tomate assassino.

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O significado do aumento dos juros em poucas palavras

Por Igor Felippe

O governo Dilma cedeu à pressão dos bancos, da mídia e do PSDB e aumentou os juros

Em mais uma disputa política, governo se acovardou e optou por atender os interesses do grande capital internacional.

O aumento dos juros pode sacrificar o crescimento neste ano, prejudicando a indústria e a classe trabalhadora.

Representa também uma derrota ideológica, porque legitima o controle da inflação como a questão central da política econômica, em vez do crescimento, do consumo, do emprego e dos salários.

Sem crescimento, o governo enfrentará dificuldade para manter a unidade política e a aliança das frações de classes que sustentam o projeto neodesenvolvimentista em curso.

Assim, cresce a possibilidade de defecções e rompimentos com essa grande frente política e econômica, que beneficiarão a expressão política do projeto neoliberal, o PSDB, nas eleições de 2014.

Por trás da crise do tomate estão o interesses econômicos dos portadores de títulos da dívida pública remunerados pela taxa Selic, o grande capital financeiro, e os interesses políticos do PSDB nas eleições do próximo ano.

Esses foram os vencedores da disputa das últimas semanas que teve como desfecho a covardia e falta de compromisso do governo federal com as forças que sustentam o projeto em curso, em benefício dos setores que defendem o neoliberalismo.