"Lula 2018" ganha as ruas: é o fantasma que assombra a Globo, o PSDB e o traidor Temer

Escrito en BLOGS el
Lula é o fantasma que pode barrar o golpe. E, se não barrar no dia 17, ocupará as ruas para resistir a um eventual governo (ilegal e ilegítimo) de Michel Temer.  
[caption id="attachment_37966" align="alignleft" width="300"]"Lula 2018": o recado, na fachada do prédio onde fica Instituto FHC em SP "Lula 2018": o recado, na fachada do prédio onde fica o Instituto FHC em SP[/caption] por Rodrigo Vianna Seja qual for o resultado da votação no domingo (dia 17), um fantasma já assombra a direita brasileira - que, conduzida pela Globo/Cunha/Temer/Moro/Serra/FHC levou o país a um transe antidemocrático. Esse fantasma aparece não só nas conversas de bastidor. Mas ganha as redes, e agora os muros: "Lula 2018!" Pelo menos duas inscrições surgiram durante esta madrugada, na região central de São Paulo. E o mais curioso: uma das pichações foi feita no prédio do Instituto FHC, próximo ao Vale do Anhangabaú. Um recado aos tucanos, que não têm voto pra chegar ao poder, e querem ganhar no tapetão. O outro "Lula 2018" passou a enfeitar uma agência do Itaú - num claro recado aos apoiadores de Marina Silva. Ela terá que disputar o voto do povo. Não basta fazer acordos com banqueiros e com a Globo. Este blog recebeu as fotos, e conversou com um dos responsáveis pela campanha: "Depois de ler a biografia do Brizola, não posso ficar parado com o que acontece no país", diz o homem que nos enviou as fotos. "Revoltante ver uma mulher com histórico de luta, e sem acusações de corrupção, ser tirada do poder por gente como Cunha e Temer", ele completa. Pergunto, então: "vocês se articulam em algum coletivo?" "Sim, somos do Coletivo Brizola Vive, e pretendemos resistir de forma ativa se o golpe vingar. Se não vingar, também estaremos nas ruas porque os fascistas precisam ser enfrentados". Os responsáveis pelas pichações também escreveram nas paredes do Vale do Anhangabaú: "FHC golpista". E a campanha seguirá, independentemente do resultado da votação no dia 17. Aliás, os dois lados a essa altura cantam vitória: Jaques Wagner (ministro de Dilma) anuncia 205 votos contra o golpe. Já a mídia, a serviço de Temer/Serra, fala em quase 340 deputados declarados a favor do impeachment. Mas a verdade é que os dois lados estão na incerteza. Se Cunha tivesse confiança na vitória, não precisaria recorrer à chicana absurda de começar votação pelo Sul e Sudeste, pra criar uma "onda pela vitória". De outro lado, se deputados governistas tivessem certeza do triunfo, não iriam ao STF para pedir que Cunha seja impedido de manobrar e decidir tudo sozinho durante a votação. São sinais de que o triunfalismo do PMDB nada mais é do que guerra psicológica. Sim, o golpe pode ganhar. Mas não ganhou. O jogo está sendo jogado. O fato novo é que Lula, nesta quinta-feira, acaba de anunciar um Manifesto de Defesa da Democracia, com assinaturas de 185 deputados, e 30 senadores. Seria a base para resistir ao terror midiático que deve crescer até domingo. Lula, de novo, é o fantasma que pode barrar o golpe. E, se não barrar no dia 17, ocupará as ruas para resistir a um eventual governo (ilegal e ilegítimo) de Michel Temer.