Reajuste de aluguéis despenca. Aécio e Eduardo ficam sem discurso

O aumento no reajuste dos contratos de aluguéis foi menor no mês de junho. A tendência é que as variações diminuam cada vez mais, aumentando a expectativa de que os valores gastos com moradia consumam uma parcela menor dos salários.

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Por Rafael Tatemoto, no Brasil de Fato SP O aumento no reajuste dos contratos de aluguéis foi menor no mês de junho. A tendência é que as variações diminuam cada vez mais, aumentando a expectativa de que os valores gastos com moradia consumam uma parcela menor dos salários.
A razão para essa desaceleração é que o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), um dos medidores da inflação produzidos pela Fundação Getúlio Vargas, repetiu em junho uma variação negativa em relação àquela já apresentada em maio. No último mês, a queda foi de 0,74 %, fazendo com que o acumulado nos últimos 12 meses diminuísse de 7,8% para 6,2%. Assim, os contratos de aluguel, que tem seus valores de acordo com o IGP-M, foram reajustados em junho utilizando a última porcentagem (6,2%), que é menor que a do mês anterior (7,8%). Quem pretende alugar um imóvel deve ficar atento a esses índices, já que a expectativa é que eles continuem caindo. Para Patrícia Lino Costa, supervisora da área de preços do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a razão para essa desaceleração se encontra na queda dos preços dos produtos in natura, como carnes, legumes e verduras. Isso porque o IGP-M, na verdade, é um índice fruto da combinação de outros indicadores. Nessa composição, os preços verificados no atacado representam 60%. Dentro desse percentual, os itens in natura têm grande peso. “No início do ano, por conta do calor excessivo e da falta de chuvas, os preços aumentaram. O que estamos vendo agora é efeito da sazonalidade, estamos retornando aos patamares normais”, afirma Costa. Segundo essa explicação, a queda no preço dos alimentos, indiretamente, se reflete na diminuição do custo de moradia. Além disso, a expectativa da pesquisadora é de que a inflação se mantenha sob controle, sem grandes variações, até o final do ano. De acordo com Patrícia, “ainda que um aumento na tarifa da conta de luz seja esperado em São Paulo, os gastos com moradia não devem aumentar. No geral, o aumento de preços deve se manter estável no segundo semestre”.