No dia Mundial da Alimentação, a quem serve o Estado Mínimo, trabalhador?

Para que serve um Estado que não age para diminuir a desigualdade, ao contrário, age para ampliá-la?

Reprodução da charge de Luiz Gê
Escrito en OPINIÃO el

O Estado mínimo de Guedes/Bolsonaro é apenas para a classe trabalhadora e serve para ampliar a fome.

O arroz está a peso de ouro, o preço do gás de cozinha, do combustível estão impraticáveis, leite e feijão caríssimos, o óleo de cozinha teve aumento de 62% e vários outros produtos da cesta básica vem sofrendo aumentos abusivos.

O que o Estado mínimo de Guedes e Bolsonaro está fazendo para garantir acesso à cesta básica? NADA. Melhor, estão piorando a situação dos mais pobres, estão fazendo o Brasil entrar novamente no mapa da fome (que havíamos saído em 2013).
Guedes e Bolsonaro em meio a pandemia onde as possibilidades de trabalho estão mais escassas, onde o desemprego só aumenta, reduziram o o auxílio emergencial pela metade, e ampliaram o prazo para até dezembro no qual os patrões podem reduzir salários para os que ainda tem emprego.
Ou seja, o Estado Mínimo de Guedes e Bolsonaro só serve aos ricos. Para os ricos, o Estado é sempre máximo, para os pobres é sempre mínimo. Para que serve um Estado que não age para diminuir a desigualdade, ao contrário, age para ampliá-la?

Você, trabalhador, decide o que quer nas eleições

Estamos em pleno período eleitoral, a classe trabalhadora precisa ficar atenta aos discursos de candidatos que só tratam do medo. Mobilizam a nós com discursos com "bandido bom é bandido morto", mas não fala da água como direito humano que corre o risco ser privatizada e encarecer o acesso. Para esses candidatos que apostam no seu medo, em seus planos de governo não tem nada previsto para combater a fome, o racismo, para gerar empregos decentes, para ampliar as políticas públicas, para investir na saúde e educação.

Você não pode se esquecer neste dia mundial da alimentação que vivemos quase quinze anos com segurança alimentar, com brasileiros fazendo três refeições por dia, que Lula, que passou fome, cumpriu sua promessa de campanha. O Brasil saiu pela primeira vez em sua história do mapa da fome em 2013 e saiu por meio de políticas efetivas de combate a fome.

Com Lula e Dilma era lei que 30% da produção da agricultura familiar, dos pequenos assentamentos fossem compradas pelas quase 6 mil prefeituras do Brasil, para a merenda escolar. Era o melhor dos mundos: a maioria de produtos orgânicos, saudáveis, sem agrotóxicos e frescos alimentavam nossas crianças da creche ao 9° ano do ensino fundamental e, ao mesmo tempo, os pequenos produtores tinham mercado garantido para a sua produção. Tudo isso foi desmotado no governo ruralista de Bolsonaro e a fome voltou e as queimadas ampliaram, porque Bolsonaro destruiu as leis de proteção ambiental e só favorece o agronegócio exportador, distribuindo recursos e subsídios.
Hoje, as filas, antes ocupadas por moradores de rua para conseguir uma marmita, está povoada de trabalhadores, que após um dia inteiro de trabalho, só conta com uma marmita oferecida por entidades de asssistência social.
Infelizmente, nós que, durante os governos Lula e Dilma, nos tornamos referência ao combate à fome com políticas de inclusão, de fomento à agricultura familiar, de aumento de compra do salário mínimo, hoje fazemos fila para comer uma marmita fornecida por caridade. Onde está a nossa dignidade, companheiro?

Essa situação de imensa desigualdade só vai mudar com nossa organização, nossas escolhas e elas começam nas eleições municipais. Pense nisso, trabalhador, na hora de votar.