Stédile se junta à luta contra a privatização da Caixa: "Como que o Bolsonaro quer vender um patrimônio que é do povo?"

O líder do MST ainda defendeu a retomada do auxílio emergencial em fevereiro

Reprodução
Escrito en OPINIÃO el

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, gravou um vídeo de solidariedade à luta dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal nesta terça-feira (12) em razão da mobilização em defesa do banco público realizada pelos bancários no dia em que a estatal completa 160 anos.

"A Caixa é o único banco público do Brasil. Se é público, é do povo. Portanto, nenhum governante tem o direito - e não deve ter a ousadia - de querer vendê-la. É como se um vizinho nosso quisesse vender a nossa casa. Como que o governo Bolsonaro quer vender um patrimônio que é do povo e não é dele?", declarou Stédile.

"Queremos aqui, em nome dos militantes do MST e de todos os movimentos populares, da Frente Brasil Popular, nos somarmos aos esforços dos servidores e de todas as entidades da sociedade brasileira para dizer em alto e em bom som que nós somos solidários e estaremos na juntos na luta em defesa da Caixa. A Caixa é do povo brasileiro, não dos governos", completou.

O líder social ainda mandou uma mensagem de agradecimento aos servidores da Caixa pelo atendimento prestado à população, citando o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o auxílio emergencial.

Nesse sentido, Stédile ainda defende o retorno do benefício, que foi encerrado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em dezembro. "Conclamo para que todos nós, todas a entidades e movimento sindical, retomemos essa luta para que em fevereiro, quando se instale a nova legislatura da Câmara, possamos voltar a aprovar o auxílio emergencial de R$ 600 para cada trabalhadores desempregado e impossibilitado de trabalhar", pediu.

Mobilização

Para marcar o aniversário da Caixa, os empregados do banco 100% público do país organizaram uma série de medidas em defesa da instituição, que enfrenta a possibilidade de ser privatizada pelo atual governo mesmo sendo essencial aos brasileiros, especialmente nesta crise econômica sem precedentes.

“Principal operadora das políticas públicas federais, a Caixa Econômica está presente em 97% dos 5.570 municípios para que as ações sociais cheguem a quem mais precisa”, ressaltou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto.

Assista:

https://twitter.com/stedile_mst/status/1349049588691431426
Divulgação