Nem parece que vivemos uma pandemia mortal que já dizimou 422 mil brasileiros. Nem parece que tivemos uma chacina em Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que matou 29 pessoas na última sexta-feira. Nem parece que milhares de pequenos empresários tiveram de fechar as portas diante da má gestão do coronavírus. Nem parece que a fome voltou a bater à porta dos mais pobres. Nada disso parece abalar o presidente da República e seus seguidores: Bolsonaro e sua trupe passaram o final de semana se divertindo. A vida é bela para os bolsominions.
O final de semana prolongado do bolsonarismo começou na sexta-feira em Rondônia, onde o presidente foi inaugurar uma ponte e aproveitou para dar um rolê de moto com seu brother Luciano Hang, o véio da Havan. Issa!
No final de semana, outros motociclistas se juntaram à farra em duas rodas do presidente e saíram pelas ruas de Brasília. As fotos, divulgadas pelo perfil do Planalto no flickr, mostram a curtição dos bolsominions, enquanto milhares de famílias acompanham familiares doentes nas UTIs ou os velam nos cemitérios. Pandemia? Que pandemia?
A farra fechou com chave de ouro com um churrascão de Dia das Mães no Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente. Teve dona Michelle com seus amigos jogando cartas e o churrasqueiro Tchê mostrando o corte de carne que vende a 1799 reais o quilo com a foto do presidente e o slogan "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos". Uma tarde inesquecível! Auxílio emergencial é para os fracos.
E a gente se pergunta: de quê (ou de quem) essa gente tanto ri?