Pré-estreia de "Mariguella" em SP tem 'Fora Bolsonaro' puxado por Wagner Moura

Adiada duas vezes desde 2019, obra entrou na mira da Ancine (Agência Nacional de Cinema), aparelhada pelo governo extremista e radical de Jair Bolsonaro

Foto: Folha de Vitória (Reprodução)
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Aos gritos de “Fora Bolsonaro”, puxados pelo ator e diretor da obra Wagner Moura, finalmente o longa “Marighella” foi apresentado em São Paulo, após mais de dois anos de celeuma com a Agência Nacional de Cinema (Ancine), aparelhada por Jair Bolsonaro com radicais de extrema direita.

A pré-estreia foi na noite desta sexta-feira (29), no Espaço Itaú Bourbon Pompeia, para uma plateia seleta de personalidades do campo progressista brasileiro, como Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e Guilherme Boulos, além de atores que participaram da produção, como Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão.

"É um filme de amor, feito para o público brasileiro, sobre os que resistiram (à ditadura e à falta de democracia) e os que estão resistindo hoje no Brasil. Fora, Bolsonaro!", bradou Moura.

O ex-ministro, ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência em 2018 Fernando Haddad (PT), que já tinha assistido ao longa, se emocionou ao rever as cenas de “Marighella” e afirmou que a obra diz muito sobre o momento atual que atravessamos no país.

"Eu vi esse filme há dois anos e tô emocionado de lembrar o que ele representa de resistência ao arbítrio e de luta pela liberdade... É muito oportuno para o momento em que vivemos lembrar que há brasileiros que não aceitam viver sob o jugo de ninguém", disse o petista.

O ator e cantor Seu Jorge, que está no papel principal do filme, interpretando Carlos Marighella, atacou os atrasos e a perseguição sofridos pela obra, classificando como “brutal” a demora imposta pela Ancine, sem citá-la.