Gestão de Edinho Silva, do PT, é destaque em jornal francês: “Araraquara, confinamento para evitar o caos”

Reportagem do Libération, um dos principais jornais da França, destaca governo de prefeito petista no combate à pandemia

Lockdown em Araraquara (Foto: Prefeitura de Araraquara)
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O jornal Libération, um dos principais da França, publicou reportagem sobre a gestão de Edinho Silva (PT) no combate à pandemia em Araraquara (SP). Além disso, o jornal criticou a gestão errática de Jair Bolsonaro. Também cabe destacar que, diferente de boa parte da imprensa tradicional do Brasil, a publicação francesa deu nome e sobrenome ao prefeito da cidade e informou o seu partido.

"Enquanto o número de mortes da Covid-19 batia novo recorde no Brasil - 4.195 mortes em 24 horas - Araraquara saboreou a vitória sobre o vírus. Pela primeira vez em um mês e meio, nenhuma morte pela doença foi deplorada nesta cidade industrial de 240 mil habitantes - uma das poucas, no próspero estado de São Paulo, ainda nas mãos do Partido dos trabalhadores (PT). Naquela semana, o vírus não matou ninguém por quatro dias. Este é o resultado do confinamento rigoroso imposto no final de fevereiro pelo prefeito Edson da Silva, a quem até seus adversários chamam pelo apelido de "Edinho". A voz está cansada no final da linha. Edinho não se alegra: "É uma luta constante, estamos perante a maior tragédia da história do Brasil", diz o jornal.

A publicação destaca a oposição do presidente Bolsonaro à política de lockdown. "Durante dez dias, Araraquara foi o laboratório de um experimento tabu no Brasil por causa da feroz oposição de Jair Bolsonaro a qualquer restrição à liberdade de movimento: a palavra lockdown ("confinamento") usada aqui em inglês, para enfatizar seu lado extremo".

Por fim, o jornal atesta que o lockdown aplicado pela gestão de Edinho Silva foi ainda mais radical do que aqueles aplicados em países europeus.

"No domingo, 21 de fevereiro, ao meio-dia em ponto, as sirenes soaram o início de um bloqueio ainda mais draconiano do que na Europa. O transporte público foi suspenso, os supermercados tiveram que fechar. Ricardo é professor. Sua esposa, uma assistente social, nunca trabalhou tão duro como durante o confinamento. “As pessoas estavam pedindo ajuda alimentar”, diz ele. Muitos não têm dinheiro para estocar à frente. " Consequentemente, foi necessário reabrir antes do prazo", diz a publicação.

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