Maior índice desde julho, Brasil registra 1.295 mortes por Covid em 24h

Média móvel em relação 14 dias atrás deu salto de 109%. Gravidade e óbitos são muito maiores entre não vacinados e pessoas com esquema vacinal incompleto

Vacina. Foto: Agência Brasil
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Foram registradas 1.295 mortes por Covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, o maior número desde julho do ano passado, o que fez a média móvel de óbito pela doença disparar em 109% em relação a 14 dias atrás. Os dados são do consórcio de imprensa que monitora a pandemia. A média móvel de mortes nos últimos sete dias também se elevou e foi a 873, a mais expressiva desde 12 de agosto de 2021.

Os números, que são consolidados às 20h a partir dos dados fornecidos pelas secretarias de Saúde dos estados, mostram ainda que apenas duas unidades federativas não apresentaram alta nas mortes pelo coronavírus: Goiás e Rondônia, sendo que a primeira manteve-se estável e a segunda com tendência de queda. O estado de Rondônia não divulgou seus dados nesta quarta-feira (9).

No que diz respeito aos diagnósticos confirmados hoje, foram 184.794 testes positivos, o que eleva para 26.960.153 os casos oficiais desde o início da pandemia, há quase dois anos.

Não vacinas e esquema incompleto

Ainda que o Ministério da Saúde informe que não tem dados nacionais sobre o índice de morte entre cidadãos não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, informações com parâmetros um pouco diferentes entre os estados têm mostrado que esse grupo negacionista forma a maioria dos óbitos, assim como dados vindos do exterior.

No Amazonas, por exemplo, está comprovado que mais de 60% dos mortos são de não vacinados e pessoas com esquema incompleto de imunização, enquanto em Santa Catarina as estatísticas apontam para uma possibilidade de falecimento 47 vezes maior entre idosos nessas condições. Já no Rio de Janeiro, números de um estudo afirmam que aqueles que receberam apenas uma dose de qualquer vacina têm 73% mais possibilidade de internação por causa da Covid-19 do que quem está em dia com os imunizantes.

Dados compilados e divulgados janeiro pelo Ministério da Saúde da Suíça dão conta ainda de que os não vacinados têm 50 vezes mais chances de morrer do que pessoas que receberam três doses dos imunizantes. Em Israel os números oficiais assustam ainda mais: 97% dos mortos pela doença do coronavírus atualmente são não vacinados ou pessoas com o esquema de doses incompleto.