CRIME SEXUAL

“Profeta-bispo” de igreja evangélica é preso por estupros de menores no RJ

Líder do Ministério da Promessa, Jonas Braga cometeu crimes sexuais contra criança de 11 anos e adolescente de 17. “Sou pastor da igreja pra dentro, fora sou apenas um homem”, justificava às vítimas

"profeta-pastor" Jonas Braga, preso por estupro..Créditos: Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação
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Um homem que se intitula “profeta-bispo” de uma igreja evangélica de Itaboraí (RJ), o Ministério da Promessa, foi preso por policiais civis na manhã desta terça-feira (14), em casa, acusado de estuprar duas menores, de 11 e 17 anos, filhas de fiéis de sua denominação.

Jonas Braga, que não ofereceu qualquer resistência ao ser detido pelas autoridades, de acordo com as duas vítimas, as estuprava em seu carro, quando as pegava em casa e levava para a igreja, com o consentimento dos responsáveis delas (para transportá-las ao culto). A menina de 11 anos contou ao delegado da 118ª DP, Felipe Poeys, que foi estuprada três vezes pelo líder evangélico e que ao confrontá-lo sobre o quão correta era sua atitude, Braga teria dito que “era pastor da porta da igreja pra dentro, mas que fora era apenas um homem”.

Já a adolescente de 17 anos relatou que primeiramente foi assediada pelo “profeta-bispo”, também em seu automóvel, para na sequência ser estuprada por ele. Segundo o teor de seu depoimento, em outra situação, após já ter sido molestada, sua família insistiu para que ela pegasse carona com Braga para ir a um curso, oportunidade em que foi estuprada de novo.

Como o pastor não usou preservativos no abuso contra a jovem, a orientação dada a ela por seu agressor foi a de que “qualquer problema” era só avisá-lo, já que ele se assumia “bandido” e que “em caso de gravidez” arranjaria um “remedinho” que “mataria a criança em 10 minutos”.

Na ficha da liderança evangélica, conforme informação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, já existia uma acusação de estupro, pela qual Jonas ainda responde na Justiça. Ele foi preso por estupro e estrupo de vulnerável e seguirá detido até o julgamento, por ora, sem data para acontecer.