Apresentador da TV Record e um dos herdeiros do Grupo Monteiro Aranha, Álvaro Garnero foi às redes sociais divulgar uma vaquinha para arrecadar R$ 300 mil para reconstruir o Dejour Club, uma balada virtual que estava ancorada no canal da Barra Sul de Balneário Camboriú e naufragou nesta terça-feira (10) após o ciclone extratropical que atinge Santa Catarina arrebentar as correntes e levar a plataforma para alto-mar, onde naufragou.
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Além de Garnero, são sócios do clube, que ainda não havia sido inaugurado, os empresários Reinaldo Oliveira, Marlon Cristiano e Lucas Araújo.
"Nos próximos meses seria ancorada no local oficial. Infelizmente fomos pegos de surpresa por esse desastre natural que levou a destruição total do Club. Para ciência dos fatos o empreendimento por estar em fase de construção não tinha seguro. O mesmo só iniciaria após 100% da construção e inauguração", diz o texto divulgado pelos donos na vaquinha.
As imagens da balada se rompendo e se despedaçando em alto mar viralizaram nas redes sociais.
Estelionato
Herdeiro de uma das famílias mais endinheiradas do Brasil, que faz fortuna na Bolsa de Valores, Álvaro Garnero é apoiador contumaz de Jair Bolsonaro (PL), que o nomeou embaixador do Turismo no Brasil juntamente com o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.
Em janeiro deste ano, Garnero virou alvo de um disputa judicial em que a ex-esposa, Cristiana Arcangeli, o acusa de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os dois começaram a namorar em 2010 e terminaram o relacionamento em 2015. No processo, Cristiana conta que, entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, foi “captada” pelo empresário para realizar um investimento no mercado de criptomoedas, especialmente em bitcoins.
A empresária alega que transferiu US$ 300 mil para uma conta bancária de Álvaro em um banco em Nova Iorque. Desde então, segundo ela, não recebeu mais informações sobre o dinheiro, exceto por depósitos picados que não totalizaram R$ 100 mil. O processo tem 1.500 páginas, segundo Heloísa Barrense, do Splash, no UOL.
Cristiana diz que desconfiou do contrato e cobrou o empresário, mas percebeu que ele estava se esquivando. Segundo ela, Garnero disse que o investimento havia sido realizado pela empresa Hibridos.
Hélio Caxias Ribeiro Filho e a esposa dele, Thalia Alves Andrade Ribeiro, responsáveis pela empresa, eram alvos de investigações na época. Garnero sabia da suspeita.
O processo menciona, ainda, que em um computador usado por Hélio, da MPB Pernambuco (pessoa jurídica que operava outra empresa, acusada de pirâmide financeira chamada Meu Pé de Bitcoin), não constava o nome de Cristiana na lista de clientes da Híbridos.